Disney é woke? CEO diz que empresa precisa priorizar o entretenimento

O diretor-executivo (CEO) da Disney, Bob Iger, falou de forma enfática e extensa sobre as críticas que a empresa centenária recebe por ser demasiadamente woke (exagerar na dose ao abordar temas de justiça social ou consciência política). Em entrevista ao canal americano CNBC, nesta quinta-feira (4), ele reconheceu a importância de levantar bandeiras de inclusão, mas afirmou: “Precisamos ser uma empresa de entretenimento em primeiro lugar.”

Bob Iger discorreu muito sobre esse assunto. O entrevistador David Faber trouxe à tona uma conversa anterior na qual o executivo confessou que queria estar distante da guerra cultural presente em todos os cantos, seja na sociedade ou na indústria do entretenimento. Antes de tudo, Iger cutucou os críticos, dizendo que muitos nem sabem do que estão falando.

“O termo woke é usado a todo instante, a esmo, mas acho que muitas pessoas nem entendem realmente o que isso significa”, comentou. Ele reforçou que há muito tempo prega dentro da empresa que “nosso objetivo número um é entreter.”

“Despejar mensagens [politizadas] como se fossem o único foco de nossos filmes e séries não é o que pretendemos ser. As produções precisam ser divertidas. E se a empresa Disney puder proporcionar um impacto positivo no mundo, promovendo aceitação de pessoas de todos os tipos, ótimo.”

Ele seguiu seu raciocínio enfatizando que a prioridade da empresa é o entretenimento puro. “Entendendo isso”, completou, “estamos tentando alcançar um público muito, muito diversificado. E temos de fazer histórias que refletem o público que tentamos alcançar. Esse público diverso, antes de mais nada, quer apenas se divertir.”

O CEO encerrou dizendo que é necessário, sim, pensar no interesse de um público mais amplo. “Mas não é fácil, sabe? Não dá para agradar todo mundo o tempo todo, né?”.