Um dos maiores projetos televisivos em desenvolvimento na atualidade é a série da Warner Bros. Discovery, para a HBO Max, sobre Harry Potter. Detalhes da produção estão guardados em segredo, mas uma coisa pode ser dita: é quase nula a chance de o público ver Daniel Radcliffe, o bruxinho na versão dos cinemas, nesse reboot da franquia.
O ator britânico de 33 anos falou sobre isso em entrevista ao site ComicBook. “Meu entendimento é que eles estão tentando começar do zero”, disse. “Tenho a certeza de que quem está tocando esse projeto vai querer deixar sua própria marca.”
“Assim, provavelmente eles não querem pensar em situações acerca de como encaixar o velho Harry no meio disso de alguma forma”, continuou. “E eu definitivamente não estou procurando isso [atuar na série]. Obviamente, desejo a eles toda a sorte do mundo. Estou muito animado por passar essa tocha; mas acho que não preciso estar lá presente em carne e osso para fazer isso.”
Daniel Radcliffe viveu o bruxinho Harry Potter durante uma década, de 2001 a 2011. Os oito filmes da franquia renderam à Warner milhões de dólares. É de olho em uma fatia desse montante que o conglomerado resolveu produzir uma série, plano previsto para ser executado em dez anos, mais do que Game of Thrones (nove).
Projeto Harry Potter na HBO Max
Todos os sete livros da saga vão ser adaptados para a TV, repetindo a estrutura feita no cinema. Assim, a ideia inicial é concretizar cada obra em uma temporada. Obviamente, a atração da Max vai ter a oportunidade de ser mais detalhista e profunda do que as produções do cinema, pelo maior tempo de cena à disposição.
Criadora do personagem Harry Potter e autora dos livros homônimos best-seller, J.K. Rowling vai ter envolvimento direto com a atração, no cargo de produtora-executiva. Não havia possibilidade de não contar com a escritora no projeto, pois ela detém controle legal sobre qualquer adaptação de sua obra.
Essa participação de J.K. Rowling gerou polêmica por conta da posição antitrans que ela não esconde de ninguém. A Warner faz vista grossa em relação a isso e, oficialmente, disse que o que importa é o trabalho “na tela”, não levando em consideração falas e discursos fora das quatro linhas.
Pensando pelo ponto de vista narrativo, a colaboração de Rowling tem um efeito crucial. Ela terá a responsabilidade de palpitar na adaptação para que o produto final seja o mais fiel possível ao relatado nos livros.
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br