REPRODUÇÃO
Piquete de roteiristas durante greve de 2023
Entrando na terceira semana de paralisação, os roteiristas de Hollywood acabam de ganhar mais um apoio de peso. Em conjunto, sete sindicatos de atletas profissionais dos Estados Unidos, incluindo entidades que representam jogadores da NFL (liga de futebol americano) e NBA (basquete), afirmam que estão do lado dos roteiristas grevistas no embate com a AMPTP, entidade que representa os nove maiores estúdios hollywoodianos.
“Os roteiristas merecem um contrato que dê as condições de trabalho necessárias para que a criatividade deles floresça”, diz a nota, assinada por sindicatos de atletas da NFL, NBA, MLB (beisebol), WNBA (basquete feminino), NHL (hóquei no gelo), MLS (futebol) e NWSL (futebol feminino). Juntas, todas essas entidades representam milhares de jogadores e jogadoras.
“[Todos esses sindicatos] se solidarizam com os membros do WGA [sindicato dos roteiristas] na luta por um acordo justo que reflita o imenso valor que eles criam para as indústrias de televisão e cinema”, reforçou o comunicado.
Vale registrar que vários desses sindicatos de esportistas são muito bem familiarizados com greves. As ligas MLB e NHL, por exemplo, chegaram a ter temporadas completas suspensas por causa da paralisação de atletas. Jogadores da NFL e NBA também cruzaram os braços ao longo dos anos, mas sem consequências tão drásticas quanto uma temporada inteira não realizada.
Pelo andar da carruagem, a greve dos roteiristas está longe do fim. Ambas as partes, WGA e AMPTP, estão trocando farpas desde o dia 2, quando a paralisação foi decretada. As trocas de acusações apenas movimentam o noticiário. Até agora, nenhuma reunião foi marcada para tentar resolver o impasse.
A última greve dos roteiristas de Hollywood durou cem dias, entre 2007 e 2008.
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