REENCONTRO AGUARDADO

Crítica de The Ones Who Live: reunião de Rick e Michonne valeu a espera

Minissérie estreia, nesta sexta-feira (19), no Prime Video
DIVULGAÇÃO/AMC
Danai Gurira com Andrew Lincoln em The Ones Who Live
Danai Gurira com Andrew Lincoln em The Ones Who Live

O Prime Video lança, nesta sexta-feira (19), a minissérie The Walking Dead: The Ones Who Live. A produção badalada, composta de apenas seis episódios, traz a tão aguardada reunião entre o xerife Rick Grimes (Andrew Lincoln) e a guerreira samurai Michonne (Danai Gurira), casal que o público não via junto há cinco anos, desde que o herói saiu da série zumbi matriz na nona temporada, tido como desaparecido ou morto. A espera valeu a pena.

The Ones Who Live (Aqueles que Vivem, em tradução direta) tem o trunfo de ser curta. Isso faz com que a minissérie não caia na tentação vista em The Walking Dead várias vezes, a de prolongar histórias. Há um dinamismo que movimenta a narrativa a todo instante, com cada cena sendo realmente fundamental para não somente o entendimento do que está sendo contado ali, mas elucidando pontos de toda a franquia The Walking Dead.

A minissérie acertou na distribuição da narrativa. O primeiro episódio é inteiramente dedicado a explicar como está Rick cinco anos após ser capturado pelo CRM, o Exército da comunidade Civic Republic, localizada em Filadélfia (EUA), uma das mais poderosas de todo o universo zumbi.

Já o segundo mostra como foi a jornada de Michonne até encontrar seu amado. Essa divisão bem clara, como se fossem contos, funcionou muito bem. Pior seria se a opção tivesse sido intercalar essas histórias dentro do mesmo episódio.

Com o telespectador ciente do que aconteceu com os dois até se verem novamente, The Ones Who Live dedica os quatro episódios restantes para desenrolar o enredo da minissérie. O grande problema que abala o casal é o que fazer depois do reencontro (marcado por cenas de sexo e tudo mais, diga-se de passagem).

Michonne está determinada a resgatar Rick da Civic Republic e levá-lo para casa. Acontece que o xerife já tentou escapar da comunidade altamente protegida, porém sem sucesso. Ele chegou até a perder pedaço do braço em uma das fugas frustradas; assim, a minissérie incorpora aspecto presente em boa parte da HQ The Walking Dead e que foi ignorado pela trama mãe.

Ele meio que se conformou que nunca sairá dali, entendendo que a melhor forma de viver é tentar transformar o modus operandi do local, que preza pela truculência e terror acima de tudo enquanto vende uma imagem de santuário do bem. Michonne, claro, discorda dessa postura do marido e então cria-se um atrito que move a narrativa até o final.

The Ones Who Live foi bastante feliz nas decisões criativas tomadas. A introdução dos personagens foi perfeita, a tensão entre os dois ao longo dos episódios caiu na medida e, em meio a tudo isso, muita coisa sobre a mitologia de The Walking Dead foi explicada, principalmente em se tratando da Civic Republic, comunidade apresentada pela primeira vez, com detalhes, no spin-off World Beyond.

Andrew Lincoln em The Walking Dead: The Ones Who Live
Andrew Lincoln em The Walking Dead: The Ones Who Live

Em que ano The Ones Who Live se passa?

Para o fã se situar: O primeiro episódio de The Ones Who Live, com Rick dentro da Civic Republic, está inserido no ano de 2019 na linha do tempo da franquia zumbi, entre a nona temporada de The Walking Dead / sétima temporada de Fear The Walking Dead e a primeira leva de capítulos de World Beyond.

O segundo episódio, focado em Michonne, é por volta de 2020, entre a décima e 11ª temporada de The Walking Dead.

Depois disso, não está tão claro em qual ano a narrativa se encaixa. A série diz que eles estão no “agora”, sem qualquer especificação. Teorias apontam o “agora” sendo entre 2021 e 2023.

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