Crítica: Sequestro no Ar vai tirar seu fôlego com narrativa em tempo real

Idris Elba em cena da minissérie Sequestro no Ar

Sabe aquele bom e velho arroz com feijão bem temperado? Pois é, muitas vezes o tradicional vence qualquer experiência gourmetizada fora da caixinha. Assim é a saborosa Sequestro no Ar (Apple TV+), cuja trama típica de filme da Tela Quente vai te prender e tirar seu fôlego, contando em tempo real a história de um avião raptado em plenos ares.

O protagonismo é de Idris Elba (Luther), só mais um passageiro de voo corriqueiro decolando de Dubai (Emirados Árabes Unidos) rumo à Londres (Inglaterra). A trivialidade do trajeto de sete horas é substituída por muita tensão e desespero assim que sequestradores tomam conta da aeronave.

Começa então a dinâmica eletrizante da minissérie. A primeira coisa a ser notada é que os bandidos não são estereotipados, como Hollywood gosta de mostrar em tramas desse tipo. Todos são ingleses, acima de qualquer suspeita, incluindo uma mulher na linha de frente. Isso torna difícil decifrar a intenção deles com o sequestro.

Outro aspecto a ser observado é a reação dos tripulantes. No manifesto, a lista dos passageiros, estão pessoas completamente aleatórias. Quem ali tem o potencial de bancar o herói? Seria o engravatado marombado? Homens de meia idade que se acham os valentões? A dona de casa afrontosa? Contudo, dessa galera pode sair aquela pessoa que só piore a situação, fator a ser considerado.

Entra em cena o personagem de Idris Elba. Ele vive Sam Nelson, negociador de sucesso no mundo empresarial. O telespectador pode segurar a onda: esse não é o tipo de herói da linha Charles Bronson. Sam é adepto da conversa ao invés de usar a força. Ele tenta aplicar a habilidade exercida no mundo corporativo ao tomar a atitude de encarar os sequestradores, arriscando até enturmar-se.

Como se fosse a revolucionária série 24 Horas, cada episódio de Sequestro no Ar narra 60 minutos do desenrolar dos eventos no avião em direção à ilha britânica; por isso são sete episódios. Além da trama dentro da aeronave, a série mostra o que acontece em terra firme. De políticos a polícia, passando por controladores de voo, a tática é buscar antever jogadas dos criminosos para evitar uma tragédia.

O drama do Apple TV+ criou um enredo complexo fazendo uso de uma fórmula batida e eficiente. As perguntas levantadas nos primeiros episódios são suficientes para deixar o público inquieto na expectativa dos acontecimentos seguintes. Não apenas buscando saber a motivação dos sequestradores, mas se todos os passageiros vão escapar dessa sãos e salvos.

Com mistura de ação e jogo de xadrez, Sequestro no Ar também acaba sendo um experimento social válido. Dentro do avião, sem saída, ricos e pobres estão no mesmo ambiente mirando um único objetivo. São pessoas de todas as idades e jornadas de vida unidas pelo destino. Como será o final dessa viagem?

A criação de Sequestro no Ar é de George Kay, o mesmo de Lupin e Criminal (ambas as séries são da Netflix). Os dois primeiros episódios foram lançados na plataforma da Apple em 28 de junho, seguidos por estreias semanas até 2 de agosto, sempre às quartas.

Veja o trailer, dublado de Sequestro no Ar:


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