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Crítica: Máxima é uma série ótima e sem igual sobre a monarquia moderna

Drama explora a jornada de uma plebeia argentina que vira rainha da Holanda
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Delfina Chaves na série Máxima
Delfina Chaves na série Máxima

Quando em uma conversa surge o assunto séries sobre monarquia, geralmente brotam exemplos de histórias sobre rainhas e reis de antigamente, naqueles trajes pomposos do século 19 para trás. Não é o caso de Máxima, drama disponível no streaming Max que mostra a engenharia da realeza holandesa no mundo contemporâneo.

Esse aspecto moderno é muito interessante pela proximidade que temos com o que está sendo narrado ali. Não por coincidência, foi essa fase que recuperou o fôlego de The Crown, ganhando sobrevida quando a princesa Diana, vivida pela estupenda Elizabeth Debicki, entrou em cena.

Máxima tem tantos outros elementos que a deixam mais atraente e empolgante. A trama retrata quase um conto de fadas clássico, do príncipe herdeiro do trono apaixonado por uma plebeia. No caso, faz parte do pacote uma cobertura massiva da imprensa, perseguição de paparazzi e vida familiar exposta por suposta ligação com crimes cometidos durante um regime militar. 

A experiência fica mais legal ao saber que, por mais espetacular que seja, a história é real e próxima de nós brasileiros, pois a plebeia desse conto é argentina.

Ela se chama Máxima Zorreguieta (eis a origem do título da atração). Atualmente, é a rainha consorte da Holanda, casada com o rei Willem-Alexander. Os dois têm três filhas, as princesas Catharina-Amalia (primeira na linha de sucessão), Alexia e Ariane.

O drama, composto de seis episódios na primeira temporada, mostra como aconteceu esse encontro improvável entre o então herdeiro do trono holandês com uma jovem formada em economia com experiência em grandes bancos, como o HSBC. Tudo começou em uma festinha.

Interpretada pela precisa Delfina Chaves, atriz argentina, Máxima Zorreguieta começou a namorar Willem-Alexander (Martijn Lakemeier) às escondidas, com ele indo até Nova York, voando de jatinho, só para encontrá-la. A coisa ficou séria, em todos os sentidos, quando eles oficializaram o namoro.

Por ser uma possível rainha e mãe de herdeiros(as) do reinado holandês, imprensa e população dos Países Baixos começaram a querer saber mais sobre essa estrangeira que conquistou o coração do príncipe. Assim, cada passo seu vinha seguido de paparazzi que faziam de tudo por uma foto nova da encantadora loira.

Os pais de Willem-Alexander não se empolgaram tanto assim ao conhecê-la. Rei e rainha até gostaram bastante da nora, porém resolveram segurar a onda até que uma equipe especial, designada para cavar o passado de Máxima, viesse com um relatório sobre os podres da plebeia. E pior, encontraram.

O ponto da discórdia foi o pai de Máxima. Isso porque ele foi um ministro importante durante a ditadura militar argentina, no período dos anos 1970 em que a mão de ferro pesou forte, gerando pessoas desaparecidas e mortas. Logo, a imprensa local detonou essa união devido a esse suposto passado sangrento do pai de Máxima.

Em meio à turbulência, a narrativa conta muito bem como a protagonista lida com a pressão, usando cenas do passado para mostrar como Máxima era muito ligada ao pai, enfatizando o drama dessa problemática que tomou conta de sua vida adulta.

A série acerta nessa abordagem e mostra, com excelência, uma história monárquica contemporânea. Tudo funciona bem, da atuação de Delfina ao roteiro bem amarrado. 

Episódios inéditos de Máxima entram na Max toda quinta-feira (faltam dois para o final da primeira temporada, programado para 19 de setembro). A série está com a segunda temporada confirmada.

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