Vencedora do Oscar pelo filme Poderosa Afrodite (1995), a atriz Mira Sorvino é uma das vozes cristãs mais proeminentes em Hollywood. Devota, ela foge do fanatismo ao escolher seus trabalhos, como atuar em uma série de terror, com pitadas de comédia, tipo Shining Vale (indisponível no Brasil). Mas tem uma linha que ela não cruza.
Em entrevista ao site da Variety, a veterana comentou o desafio de viver três personagens na segunda leva de Shining Vale, situação bem diferente da primeira. Ela topou fazer quase tudo, porém disse não a uma situação envolvendo uma dessas personagens que tem relação com religião e o Diabo. O roteiro descrevia que ela teria de encenar um cântico.
“Sou uma cristã séria. Portanto, não direi nada que invoque nomes de alguma coisa”, disse Mira. “Jeff [Astroff, cocriador da série] foi muito gentil e respeitoso com isso. Na temporada passada, não teve nada disso. E de repente, agora, há coisas demoníacas acontecendo. Eu disse: ‘Não posso fazer isso, desculpe!’”. A segunda temporada da série estreou, nos EUA, no último dia 13.
“Eu sou um cara religioso, eu respeito isso”, disse Astroff, sobre a decisão de Mira. A tal cena foi adaptada, com a personagem ganhando falas não demoníacas.
Shining Vale é produção do canal americano Starz (chegou a ser disponibilizada no streaming Starzplay/Lionsgate+, no Brasil). O protagonismo é de Courteney Cox, a Monica de Friends.
Courteney vive Patricia “Pat” Phelps, famosa autora de um romance sexualmente explícito. Ela foi pega traindo o marido e precisou mudar com a família toda para uma cidade pequena.
O novo lar é um lugar onde, no passado, aconteceram atrocidades terríveis. Ninguém suspeita de nada estranho, exceto Pat, convencida de que está deprimida ou possuída. Logo, os demônios que assombram a nova casa começam a parecer muito mais reais.
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