Sempre no meio de cada temporada, Virgin River apresenta um evento catalisador. Na quinta leva, já disponível na Netflix, a escolha para esse efeito dramático foi ousada: um incêndio florestal. Isso por causa de várias circunstâncias, desde a dificuldade de gravar algo assim como o cuidado ao retratar uma situação atual e real para muita gente; e justamente no local de ambientação da série.
A província (Estado) canadense de Colúmbia Britânica, onde Virgin River é feita, foi epicentro de incêndios florestais catastróficos neste ano, assim como o Estado americano da Califórnia, onde a fictícia cidade de Virgin River está situada. A ideia por trás de inserir esse desastre ambiental no drama era para emular acontecimentos verdadeiros.
A produção foi grandiosa, por isso o arco narrativo do incêndio tomou dois episódios (cinco e seis) da quinta temporada. Entre os diversos problemas de logística, um deles foi lidar com a proibição existente no Canadá de atear fogo durante o verão (meio do ano), época na qual o risco de queimadas sem controle é maior. Devido ao cronograma, Virgin River gravou as tais cenas bem nesse período.
Toda a equipe de produção teve de sair da zona de conforto para realizar algo nunca antes feito no drama romântico. Claro, obedecendo cada linha da lei federal canadense contra chamas.
Basicamente, tudo o que vemos à distância nos episódios, o fogo ao longe e coisas mais, foram feitos em um estúdio gigantesco de LED, equipado com tecnologia de ponta. Nos enquadramentos mais próximos dos personagens, houve um trabalho mais rústico de efeito visual, mas também dentro de estúdio.
Por exemplo: na cena de Jack (Martin Henderson) correndo no meio do fogo, chamas reais estavam ali perto do ator. Chamas cinematográficas, reforça-se, provocadas dentro de um ambiente controlado e seguro. Elementos externos e à margem da cena foram acrescentados na pós-produção, como colocar mais chamas para dar a impressão de ser uma queimada de grandes proporções.
Martin Wood, o diretor dos dois episódios do incêndio florestal em Virgin River, falou ao site Deadline sobre uma curiosidade por trás das cenas dos personagens dentro de carros cercados de chamas. Ele teve de improvisar na criação da perspectiva de quem está nos veículos olhando o incêndio ao redor.
No trabalho de pós-produção, o diretor fez uma pesquisa minuciosa atrás de vídeos reais de pessoas escapando de um incêndio florestal, material bastante raro. Mas ele achou.
“O que você vê na tela”, revelou Wood, “São imagens reais que pegamos de uma pessoa que, na Austrália, usando um iPhone, fez esses registros”. Além disso, ele usou imagens de câmeras de telejornais.
Detalhe: “O vídeo mais longo que obtive tinha 12 segundos”, contou o diretor. “Outros tinham seis, oito segundos”. Esse empenho foi aplicado na fuga de Denny (Kai Bradbury) e Lizzie (Sarah Dugdale). As cenas em questão foram juntadas em uma só para passar a impressão de que eles estavam cruzando uma estrada em meio ao incêndio. E ações feitas no estúdio, como queda de árvore real, foram adicionadas para aumentar o drama.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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