Depois de sete anos investindo no mercado nacional, a Netflix finalmente tem uma série brasileira que é hit mundial, com dados de audiência comprovando isso. O drama de ação policial DNA do Crime continua brilhando na plataforma desde a estreia, em 14 de novembro, registrando 15,3 milhões de visualizações (ou 118,9 milhões de horas assistidas) no mundo inteiro, chegando a aparecer no top 10 semanal de 71 países; e o programa mais visto em 21 deles (números até 3/12).
Como nós brasileiros sabemos, tudo que é nação estrangeira emplacou verdadeiros hits internacionais na Netflix, seja polos consagrados como Espanha (La Casa de Papel), França (Lupin), Reino Unido (The Crown), Itália (Suburra), Coreia do Sul (Round 6)… ou pontos mais alternativos do mapa do entretenimento tipo Suécia (Uma Família Quase Perfeita), Alemanha (Dark), Dinamarca (Enfermeira), Polônia (A Inundação do Milênio)… Faltava o Brasil nessa lista.
Sim, a primeira série brasileira da Netflix, 3% (2016-2020), é um marco do mercado audiovisual tupiniquim e tem lugar na história como uma das primeiras séries da gigante do streaming, fora do eixo Estados Unidos-Reino Unido, a ser sucesso global. Mas o alcance não foi grandioso como alguns dos títulos citados anteriormente; e não há dados de audiência concretos que atestam seu ibope.
A pergunta que se ouvia muito nas rodas de conversa nos bastidores do entretenimento nacional era: por que o Brasil ainda não teve a sua La Casa de Papel, ou algo parecido, na Netflix? Afinal, telespectadores ao redor do planeta tem familiaridade com a produção televisiva verde e amarela, mas no caso são as imponentes e famosas novelas (a maioria da Globo), produtos de exportação sempre em alta.
De 2016 até hoje, a Netflix tem cases interessantes de séries nacionais. O Mecanismo (2018-2019), por exemplo, teve a assinatura do renomado cineasta José Padilha (Tropa de Elite, Narcos) e narrou o caso real, conhecido no exterior, sobre a corrupção na política brasileira revelada pela famigerada Operação Lava Jato. Tal qual a operação da polícia federal, o drama se perdeu no meio da politicagem e de narrativas enviesadas.
Pode-se dizer que Coisa Mais Linda (2019-2020) foi feita para estrangeiro ver. Até o nome em inglês foi alterado, para Girls from Ipanema (Garotas de Ipanema), visando uma aproximação. Não deu muito certo. A série repercutiu bem no Brasil, gerando vários debates sobre a posição da mulher na sociedade, porém não conquistou o universo.
Com muita ação e boa trama com aquele gostinho de CSI, DNA do Crime surpreendeu ao alcançar tamanho sucesso. E meio que furou a fila. Isso porque a grande cartada da Netflix Brasil para ter a sua La Casa de Papel é o badalado drama biográfico sobre o piloto Ayrton Senna, ídolo de fãs da Fórmula 1 das mais diversas nacionalidades.
Essa familiaridade universal com o tricampeão certamente irá atrair uma multidão para a minissérie, que está atualmente em produção, mas ainda não tem previsão de estreia.
Série sobre Senna, projeto ambicioso
Senna é a maior aposta da filial brasileira da Netflix. A atração mistura atores locais e de fora para contar a trajetória de vida do esportista que encantou gerações. Ayrton Senna (1960-1994) vai ser interpretado por Gabriel Leone, do drama criminal Dom (Prime Video). Também estão no elenco Alice Wegmann (Rensga Hits!, do Globoplay) e Christian Malheiros (Sintonia, da própria Netflix).
As gravações de Senna passam por quatro países: Argentina e Uruguai, Reino Unido e Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro).
A trama tem caráter oficial, pois há decisiva interferência da família do piloto no que será mostrado. Senna promete retratar a trajetória de superação, desencontros, alegrias e tristezas do tricampeão de Fórmula 1, desbravando sua personalidade e suas relações pessoais.
O ponto de partida será o começo da carreira automobilística, quando ele se muda para a Inglaterra para competir na Fórmula Ford, até o trágico acidente em Ímola, na Itália, durante o Grande Prêmio de San Marino.
O cineasta brasileiro, Vicente Amorim é o showrunner da atração. Entre as séries, Amorim passou por As Canalhas (Globoplay), A Divisão (Globoplay) e dirigiu Santo (Netflix).
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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