METALINGUAGEM

Black Mirror: saiba qual série do Star+ inspirou criação de A Joan É Péssima

Criador da atração da Netflix estava assistindo a uma plataforma rival quando...
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Annie Murphy em A Joan É Péssima, episódio de Black Mirror
Annie Murphy em A Joan É Péssima, episódio de Black Mirror

Assistir ao episódio A Joan É Péssima, de Black Mirror, gera várias perguntas, entre elas: como a Netflix aprovou isso, já que é paródia dela própria? Outra questão é saber de onde surgiu a ideia de contar a história de alguém que vê a sua vida, com direito aos podres e momentos embaraçosos, encenada em um streaming para o mundo inteiro assistir? 

Charlie Brooker, criador de Black Mirror, revelou em entrevista à Netflix qual foi a inspiração de A Joan É Péssima. O acender da luz em cima da cabeça aconteceu quando ele acompanhava The Dropout, minissérie disponível no Star+ (Hulu, nos EUA) que conta a trajetória da golpista Elizabeth Holmes, interpretada por Amanda Seyfried.

A gênese veio da obra multipremiada. “Como seria esquisito se você fosse aquela mulher [Elizabeth] e estivesse assistindo à dramatização de sua vida”, contou Brooker. “Com certeza, momentos perturbadores seriam cenas de você fazendo coisas sem ninguém por perto, tipo dançando.”

Nesse caso, da dança, The Dropout mostrou exatamente isso. Sem qualquer rebolado, Elizabeth (Amanda) colocou uma música do Lil Wayne para tocar e dançou toda desajeitada para o namorado. 

Em A Joan É Péssima, a personagem central vivida por Annie Murphy passa por algo similar, ao rimar em cima da música Tap In, da rapper Saweetie, enquanto dirige da casa para o trabalho. Essa situação aparece na série sobre ela disponível na plataforma Streamberry, com a atriz Salma Hayek Pinault a interpretando e cantando a mesma canção.

“Seu eu estivesse nessa posição, ficaria tipo: ‘Como eles souberam disso?’”, continuou o showrunner. “Para mim, parece algo como um pesadelo existencial engraçado.”

Então, veio o estalo: “E se a Netflix começasse a produzir um drama prestigiado baseado em sua vida e você não pudesse fazer nada para impedir?

Em tempo: Elizabeth Holmes assistiu à minissérie The Dropout. Em entrevista ao jornal The New York Times, ela fez um comentário tipo “isso é muito Black Mirror” ao comentar sobre o que viu: “Aquela pessoa não sou eu”, se referindo à protagonista da trama. “Eles estão falando de uma personagem que eu mesma criei [na vida real].”

A Joan É Péssima faz parte de uma ótima sexta temporada de Black Mirror, composta de muitos episódios bons. Lá, há muitas brincadeiras com coisas da vida real, como os termos de condições de uso que aceitamos sem ler para acessar um site ou aplicativo. 

O marketing da Netflix, provando que a empresa do tudum entrou na brincadeira com ótimo espírito esportivo, criou campanha na qual você pode estampar o pôster de uma série no Streamberry. Clique aqui e saiba como participar.


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