REPRODUÇÃO/SAG
Atores apoiam roteiristas em piquete, em Los Angeles
O medo de greve tripla em Hollywood, até mesmo dupla, se dissipa. Após os integrantes do sindicato dos diretores aprovarem novo contrato que evita paralisação da categoria, os atores encaminham acordo na mesma direção. Assim, a tendência é que apenas os roteiristas fiquem de braços cruzados na indústria de entretenimento americana, greve perto de completar dois meses de duração.
O DGA, sindicato dos diretores, revelou que 87% dos filiados votaram a favor do contrato que a diretoria firmou com a AMPTP, entidade representante dos nove maiores estúdios/produtoras de Hollywood (os patrões). Quase 7 mil dos 16 mil integrantes do DGA votaram, maior proporção (46%) em votação de retificação em toda a história do sindicato.
O contrato vigente entre o DGA e a AMPTP termina dia 30. Nesta mesma data, chega ao fim o acordo entre os atores e patrões. Fran Drescher, presidente do SAG (sindicato dos atores), ao lado de Duncan Crabtree-Ireland, negociador do sindicato, informou aos filiados que as negociações estão bem encaminhadas. Há muita esperança que um meio-termo seja encontrado entre ambas as partes.
“Eu quero deixar vocês seguros de que estamos tendo negociações extremamente produtivas”, disse Fran, falando diretamente para os atores. “Estamos focados em conseguir todas as demandas que vocês nos disseram serem as mais importantes. Estamos fortes e vamos acertar um novo acordo.”
Pelo andar da carruagem, mesmo que um aperto de mãos definitivo não venha até sexta-feira (30), a greve não deverá ser instaurada. Como está tudo correndo bem entre as partes envolvidas, a situação deve gerar uma espécie de prorrogação das negociações até se chegar a um denominador comum. Assim, a paralisação da categoria não entraria em vigor imediatamente.
Tanto que no vídeo, nem Fran nem Duncan usaram a palavra “greve”, apesar do apoio em massa dos filiados do SAG (98%) a favor da greve.
“Todos nós estamos trabalhando arduamente para finalizar essas negociações”, contou Duncan. “E continuamos otimistas de que seremos capazes de convencer os estúdios, redes de TV/canais e streamings a fazer um acordo justo que respeite sua contribuição [dos atores] para a indústria [do entretenimento]”.
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