Talvez a série novata da Netflix mais aguardada de 2023, One Piece chega na quinta-feira (31) com uma missão importante entre outras: não repetir o fracasso de Cowboy Bebop. O peso de fazer uma adaptação de mangá/anime tão popular é enorme e, no caso de Cowboy Bebop, a frustração foi na mesma proporção. A torcida é para One Piece conseguir ir bem, em um primeiro momento, fazendo o feijão com arroz bem temperado. Só depois vale pensar em voos mais altos.
Produção com espaço no panteão dos melhores animes já feitos, Cowboy Bebop ganhou uma versão live-action (com atores de carne e osso) péssima. Isso a colocou na lista das dez piores séries da Netflix de todos os tempos.
O maior desafio nessa situação, a mesma experimentada pelo mangá/anime One Piece, é qual caminho trilhar. É melhor fazer quase uma cópia cara-crachá do original, quadrinho por quadrinho, frame por frame? Ou o ideal é produzir algo totalmente diferente do que existe?
Eis o risco. Se for uma cópia literal, pode haver bronca por não trazer algo novo aos fãs de longa data. Por outro lado, uma atração muito diferente flerta com a descaracterização da matriz, também provocando chiadeira.
Fato é que público vai ter, ao menos na primeira semana de lançamento. Isso pelo fator da curiosidade, de iniciados ou não, acerca desse live-action de One Piece. O mesmo ocorreu com Cowboy Bebop, vale lembrar.
Nos primeiros dias de disponibilidade, Cowboy Bebop foi muito bem na audiência da Netflix, registrando bons números. Contudo, o ibope caiu 60% logo em seguida, isso em uma semana somente. O público simplesmente desistiu da série no meio do caminho. Resultado: o cancelamento veio menos de um mês após o lançamento.
É certo que One Piece vai provocar uma arrancada forte na audiência. Porém, para superar o hype, a qualidade tem de imperar, principalmente da metade da primeira temporada para o final. Quem é fã de carteirinha vai ver tudo até os créditos derradeiros, sem dúvida. A questão é agradar ao público médio, aquele nada familiarizado com One Piece. Nesse contexto, o conjunto da obra tem de ser excelente, do roteiro à atuação, passando por efeitos especiais, música, direção…
Por exemplo, o material base (mangá/anime) é repleto de traços fáceis de serem replicados no papel ou em uma animação, pela bizarrice das cenas e da mente inventiva do criador. A versão live-action tem de trazer uma qualidade de primeira visando reproduzir esse retrato mágico das versões originais. Se for uma computação gráfica pouco inspirada, tipo Cowboy Bebop, vai dar ruim.
Outra questão a ser observada na série de One Piece é como será feita o desenrolar da história. Para quem não sabe, o mangá existe desde 1997 e passou da marca dos 105 volumes. O anime, lançado dois anos depois, tem mais de 1050 episódios.
Daí vem algumas perguntas: qual história contar? Vai juntar várias em uma e acelerar o processo? Lembrando que o live-action é relativamente curto, mesmo para os padrões Netflix, com apenas oito episódios.
Seria ótimo ver One Piece vingar e seguir longa jornada na gigante do streaming. Tudo depende de como será a largada, porém. A Netflix está de dedos cruzados torcendo para que dê certo.
Trama de One Piece
Baseada na saga de mangá mais vendida na história do Japão, escrita por Eiichiro Oda, One Piece: A Série é uma aventura em alto-mar como você nunca viu.
Monkey D. Luffy (Iñaki Godoy) é um jovem que sempre sonhou com uma vida de liberdade. Ele sai do vilarejo onde vive para uma jornada perigosa em busca do lendário tesouro One Piece.
Mas para chegar até ele e virar o rei dos piratas, Luffy vai ter que reunir a tripulação com a qual sempre sonhou e encontrar um navio para esquadrinhar cada centímetro de mar azul, sempre superando a Marinha e outros rivais perigosos.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
Siga nas redes
Fale conosco
Compartilhe sugestões de pauta, faça críticas e elogios, aponte erros… Enfim, sinta-se à vontade e fale diretamente com a redação do Diário de Séries. Mande um e-mail para:
Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência possível para o usuário. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar a nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Você pode ajustar todas as configurações de cookies navegando pelas guias no lado esquerdo.
Cookies estritamente necessários
Cookies estritamente necessários devem estar sempre ativados para que possamos salvar suas preferências para configurações de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará ativar ou desativar os cookies novamente.
Cookies de terceiros
Este site usa ferramentas de terceiros, como Google Analytics, Google Adsense, entre outros, para coletar informações anônimas, como o número de visitantes do site e as páginas mais populares.
Manter este cookie ativado nos ajuda a melhorar nosso site.
Ative primeiro os Cookies estritamente necessários para que possamos salvar suas preferências!