'CHOCADO'

George R.R. Martin condena gravações de A Casa do Dragão em meio à (dupla) greve

Filhote de Game of Thrones driblou paralisações dos atores e roteiristas
DIVULGAÇÃO/HBO
Matthew Needham em cena de A Casa do Dragão
Matthew Needham em cena de A Casa do Dragão

Duas greves estão ativas em Hollywood, dos atores e roteiristas. Mas A Casa do Dragão, maior produção da HBO atualmente, continua com as câmeras ligadas porque conseguiu driblar as duas paralisações dando aquele jeitinho de deixar qualquer brasileiro orgulhoso. George R.R. Martin, um dos criadores e roteiristas da série filhote de Game of Thrones, ficou “chocado” ao saber que leis inglesas permitem que as gravações sigam em frente como se nada estivesse acontecendo.

Sem medir palavras, ele condenou a situação delicada em postagem recente no seu blog pessoal, chamado de Not a Blog. O escritor ficou sabendo que “a segunda temporada [de A Casa do Dragão] está metade pronta”. Os sets do drama fantasioso são na Inglaterra (a maior parte das cenas são feitas na capital, Londres), País de Gales, Espanha e outras localidades europeias.

O primeiro jeitinho de A Casa do Dragão foi se esquivar da greve dos roteiristas, iniciada em 2 de maio; oficialmente, a produção da segunda temporada começou em 11 de abril. Conforme Martin informou em seu blog, “todos os roteiros ficaram prontos meses antes da declaração de greve do WGA, o sindicato dos roteiristas”. Assim, as gravações puderam continuar; mas ninguém pode mexer uma vírgula nos roteiros.

Já com os atores têm elementos político e trabalhista em campo. “Os atores [da série] são filiados ao sindicato britânico, o Equity”, escreveu Martin. “Embora o Equity apoie com força os primos americanos [se referindo ao SAG, o sindicato de Hollywood], leis britânicas proíbem os atores do Equity de cruzarem os braços em solidariedade.”

“Caso façam isso”, continuou. “Eles ficam desprotegidos legalmente, podendo ser demitidos por rompimento de contrato ou até mesmo ser processados na Justiça.”

O renomado autor mostrou-se incrédulo ao saber disso, concluindo o raciocínio dando uma cutucada no Partido Trabalhista britânico: “Honestamente, fiquei chocado quando fui informado disso. Um dos dois maiores partidos do Reino Unido, o Trabalhista, tem suas raízes no movimento operário. Como eles permitiram a aprovação de uma leia tão antitrabalhista? Me parece que o partido precisa fazer um trabalho melhor para proteger o direito de greve [dos trabalhadores]”.


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