HISTÓRIAS DE WESTEROS

A Casa do Dragão: entenda por que o incesto é comum na família Targaryen

Conheça de onde vem essa 'tradição' e como ela se perpetuou
DIVULGAÇÃO/HBO
Matt Smith com Emma D'Arcy em A Casa do Dragão
Matt Smith com Emma D'Arcy em A Casa do Dragão

Ao propor um casamento com o tio Daemon (Matt Smith) em A Casa do Dragão, Rhaenyra (Emma D’Arcy) evocou histórias do passado para justificar a relação incestuosa; “vamos unir nosso sangue”, disse. Desde muito tempo, a família Targaryen tem o costume de permitir e encorajar relacionamentos com parentes de primeiro grau, tudo para manter a linha pura daqueles que têm dragões como arma, tanto militarmente como na política.

Rhaenyra sugeriu casar com o tio para “não ter a herança [do Trono de Ferro] facilmente desafiada”, conforme descrito pela princesa. Ela tem como rival Alicent (Olivia Cooke), rainha, casada com o pai de Rhaenyra, e mãe do que muitos acreditam ser o herdeiro legítimo do Trono de Ferro, Aegon, por ser o primeiro filho homem do rei.

O primeiro rei a sentar no Trono de Ferro foi Aegon, o Conquistador, que mandou fazer o trono com as espadas dos inimigos. Rhaenyra o cita no diálogo com Daemon, lembrando que Aegon casou com as duas irmãs, pessoas fundamentais na luta dele para dominar e governar os Sete Reinos. O brasão dos Targaryens estampa um dragão com três cabeças, representando Aegon e as irmãs.

Incestos na família Targaryen, com essa ideia de “unir o sangue”, chegaram até o pai de Daenerys (Emilia Clarke), de Game of Thrones. O Rei Louco, Aerys II, era fruto de um incesto (casamento entre irmãos) e ele mesmo casou com a irmã.

Targaryens e o incesto

Essa tradição, se podemos assim determinar, vem de muito tempo atrás, quando os Targaryens habitavam a antiga Valíria. Integrantes do clã entendiam que era de suma importância não haver mistura com outros sangues, mantendo assim a pureza de quem tem o dom de domar dragões. 

Em um primeiro momento, o ideal é fazer um casamento entre irmãos. Caso não seja possível essa opção, entram em cena tios/tias e primos.

Como os livros de George R.R. Martin descrevem, a exemplo de Fogo & Sangue que é a base de A Casa do Dragão, o incesto dos Targaryens não era bem visto pela população de Westeros. Os casamentos incestuosos da família após Aegon, o Conquistador provocaram protestos e revoltas contra a monarquia.

Nos Sete Reinos, a Fé dos Sete é a religião predominante. As doutrinas da crença são bem conservadoras e condenam, como pecados repugnantes, a prostituição, poligamia, jogatina… e o incesto. Contudo, existe uma exceção dada à família Targaryen. 

O rei Jaehaerys I, o quarto do clã a sentar no Trono de Ferro, casado com a irmã, conseguiu influenciar os religiosos a abrir essa exceção de forma oficial, fazendo valer tecnicalidades territoriais. Em contrapartida, o monarca prometeu que sempre iria proteger a Fé dos Sete, a qualquer custo.

A prática do incesto permaneceu no DNA Targaryen até onde se tem notícia da história (em Game of Thrones). Evidentemente que durante os anos eclodiram problemas nessas relações, criando atritos com a religião e aliados políticos. O ponto final disso (até agora) foi o relacionamento entre Daenerys e Jon Snow (Kit Harington) em GoT, tia e sobrinho.

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