Atriz perfeita para viver personagem cringe obcecada na busca por admiração, Emma Stone brilha na série The Curse (Paramount+). Não só fãs dela, mas críticos apontam que esse trabalho pode ser o melhor de sua carreira. É a confirmação de que trata-se de uma das melhores atrizes da atualidade, com um filme em paralelo, Pobres Criaturas, que a coloca na corrida por mais um Oscar: ela ganhou a estatueta de melhor atriz pelo musical La La Land – Cantando Estações, em 2017.
Bem na cola de La La Land, Emma Stone emplacou uma série na Netflix. Não foi sua primeira investida na TV, em papel de destaque. Novinha, aos 19 anos, ela integrou o elenco de Drive, drama de ação da rede Fox, liderado por Nathan Fillion (Castle), que flopou gloriosamente: cancelado após a exibição de quatro episódios, em 2007.
De certa forma, Maniac, sua série na Netflix, foi tratada como a primeira grande investida da atriz na TV. Lançada há cinco anos, a trama foi desenvolvida para ganhar todo tipo de prêmio, com nomes de peso na frente das câmeras e equipe gabaritada nos bastidores. Porém, esse resultado não se concretizou.
Emma, por exemplo, só concorreu a um prêmio importante, o SAG (e a série não teve uma conquista sequer, nadica de nada). Na época, a surreal comédia de ficção científica sobre a indústria farmacêutica, ambientada em uma Nova York retrofuturista, recebeu elogios da mídia especializada e tudo mais… Contudo, se perdeu no meio da avalanche de séries lançadas pela Netflix. Acredite, Maniac está lá em algum lugar em meio aos escombros dos algoritmos. Se garimpar, dá para achar.
Emma Stone em The Curse
Passada meia década, a atriz decidiu voltar ao mundo das séries. Agora, a escolha foi perfeita. E o destaque é bem maior do que outrora.
Com toda a razão, The Curse ganhou o rótulo de série mais desconfortável do ano, um refresco de novidade muito bem-vindo. Nela, Emma Stone interpreta Whitney, casada com Asher Siegel (Nathan Fielder). Eles são donos de um inovador projeto imobiliário e assumem o comando de um programa de reformas de casas e estabelecimentos, desses tão populares vistos na TV paga, batizado de Flipanthropy.
A jornada deles é essencialmente cringe. Quando você achar que viu de tudo, a próxima cena vai te provar que não. Isso se torna verdade em muitos momentos de Emma, pois sua personagem é de múltiplas facetas, uma na frente das câmeras e outras diferentes nos bastidores. O que a move é receber aprovação e elogios pelo seu trabalho. Mesmo que seja algo encenado ou forçado. O que vale é ser admirada por qualquer coisa que seja.
Whitney acredita, sem brincadeira, que pode ganhar dinheiro, ser reconhecida e valorizada no mercado imobiliário, colaborar com a preservação do meio ambiente e, ainda por cima, ajudar pessoas desfavorecidas vítimas da gentrificação (bairro simples que se transforma em bairro de rico por conta da especulação imobiliária).
Claro, não dá para fazer tudo isso ao mesmo tempo, são coisas que não dão liga. Mas Whitney crê que sim. Seu narcisismo só é varrido para debaixo do tapete quando as câmeras de seu programa estão ligadas. Aí ela cria uma ilusão e aparenta ser simpática, exalando positividade tóxica.
Na primeira volta do circuito de premiações, Emma Stone recebeu indicação ao Globo de Ouro por The Curse (também concorre nas categorias de filmes pela atuação em Pobres Criaturas). No Critics Choice, só veio a indicação por Pobres Criaturas.
Mas tudo leva a crer que vem mais prêmios pela atuação em The Curse, como no SAG e no Emmy. A conferir.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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