BASTIDORES

Disney corta almoço de funcionários para economizar dinheiro

Dona do Mickey Mouse prejudica os mais simples de olho no balanço financeiro
REPRODUÇÃO
Tio Patinhas aplaudiria decisão dos mandachuvas da Disney
Tio Patinhas aplaudiria decisão dos mandachuvas da Disney

A dupla greve que paralisa Hollywood expõem a diferença exorbitante entre os operários da indústria e os ricos executivos que mais lucram com ela. Trabalhadores do entretenimento estão contando histórias de perrengues, até compartilhando contracheques, para exemplificar o tratamento recebido, ao mesmo tempo no qual os diretores dos grandes estúdios embolsam bônus milionários e nadam em dinheiro como se fossem o Tio Patinhas.

O maior exemplo desse contraste vem da Disney. O CEO da dona do Mickey Mouse, Bob Iger, disse que a classe artística não está sendo “realista” com as demandas colocadas na mesa de negociação com os patrões. Lembrando: neste ano, projeções apontam que Iger deve ganhar da Disney US$ 27 milhões, seu primeiro ciclo anual desde quando assumiu novamente o cargo de diretor-executivo da empresa.

Essa colocação de Iger enfureceu trabalhadores que bateram cartão na Disney. Nas redes sociais, pipocaram relatos de descasos com os funcionários mais simples da companhia. O que chamou a atenção foram histórias sobre a empresa cortar o fornecimento de almoço para poder economizar uns trocados.

Assistentes de roteiristas informaram que a Disney, do dia para a noite, deixou de oferecer almoço a eles, até então uma prática padrão. Essa situação deixou os roteiristas indignados; eles tiveram de dividir as suas refeições com os assistentes, quando não as oferecendo por completo. Os roteiristas pagavam o almoço do próprio bolso ou faziam pedidos, no nome deles, para os patrões não descobrirem.

O corte no almoço dos assistentes, além de outros funcionários do “chão da fábrica”, ocorreu logo na retomada dos trabalhos pós-controle da pandemia de Covid-19, justamente quando os grandes conglomerados midiáticos lidaram com enormes perdas financeiras.

Ao invés de cortes nos ordenados milionários de diretores, visando equilibrar o balanço financeiro, a escolha foi afetar os funcionários com salários mínimos e de pouca renda. Tio Patinhas, de fato, ficaria orgulhoso e bateria palmas para os executivos da Disney.


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