Um dos filmes mais comentados do ano, candidato ao Oscar, Oppenheimer chegou aos cinemas apresentando ao mundo a trajetória de Julius Robert Oppenheimer, físico teórico americano famoso por ser o “pai da bomba atômica”. A história narrada no longa-metragem, por outro ponto de vista, foi encenada mais a fundo na série Manhattan (2014-2015), disponível no streaming Lionsgate+.
Como escancara o título, o filme foca nos passos do físico Oppenheimer, interpretado por Cillian Murphy (ex-Peaky Blinders). No caso da série, o motor da narrativa é o famigerado Projeto Manhattan, armado pelos Estados Unidos em plena Segunda Guerra Mundial (1939-1945) para pesquisar e desenvolver uma arma nuclear. Os estudos foram liderados por Oppenheimer, vivido na TV pelo ator Daniel London.
A história do filme Oppenheimer
Com superestrelas do cinema hollywoodiano no elenco, de Robert Downey Jr. a Matt Damon, Oppenheimer pega toda a trajetória de seu protagonista, iniciando na fase de jovem pesquisador até conquistar a fama de cientista acima da média.
O longa faz jus ao nome: tem três horas de duração. Há uma divisão clara no desenrolar da história. Após essa etapa de ascensão do gênio, entra em cena a participação direta dele no Projeto Manhattan, na função de diretor do Laboratório Los Alamos, de onde saiu a bomba.
Na sequência, vem o desfecho após a explosão do artefato nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, ato que matou entre 225 mil pessoas, a maioria civis, e marcou o fim do conflito. Até hoje, foi o único uso de bomba nuclear em um conflito armado. Teve-se, então, uma espécie de caça às bruxas liderada por políticos, isso já no período da Guerra Fria, a partir de 1947.
Por ser filme focado em um personagem, há a exploração de seu íntimo. Ou seja, tem-se na mesa o conflito pessoal e moral de seu trabalho. De certa forma, isso espelha situações vividas na atualidade, sobre o que justifica ou não determinada ação. Assim, a plateia fica na encruzilhada, chegando a ter dificuldade em rotular o protagonista como herói ou vilão.
A história da série Manhattan
Já a série Manhattan tem como motivação acompanhar um grupo de cientistas que trabalham no Projeto Manhattan, profissionais brilhantes reunidos na remota Los Alamos, cidade localizada no Estado de Novo México, interior dos EUA. A história começa em 1943, com o país na corrida para desenvolver a bomba antes do inimigo.
Manhattan criou personagens fictícios, mas com cada um deles combinando vários elementos de pessoas reais. Fatos históricos, tal qual pessoas do período, marcaram presença ao longo dos episódios. Conforme dito anteriormente, Oppenheimer foi exceção e ganhou um personagem próprio.
Essa questão de não fazer uso de pessoas reais em toda a série foi a saída para não ficar com cara de docudrama, o que é uma justificativa plausível.
Assim como o filme Oppenheimer, a série Manhattan expõe o tempo todo a questão da moral. Os cientistas da trama se questionam sobre as reais implicações do trabalho que fazem ali. O drama de época dá ao telespectador a missão de julgar os personagens, sem tomar partido sobre suas motivações.
Manhattan tem duas temporadas, com 23 episódios no total. Ela surgiu na era da “bolha de séries”, quando canais estranhos a esse mundo passaram a investir nesse nicho, encomendando produções de grandes estúdios hollywoodianos (Lionsgate, no caso); o drama foi exibido pelo inexpressivo canal WGN America.
O protagonismo do drama ficou com John Benjamin Hickey (In Treatment). O elenco reuniu nomes conhecidos das séries, tipo Olivia Williams (The Crown), Katja Herbers (Evil), William Petersen (CSI), David Harbour (Stranger Things), Richard Schiff (The Good Doctor), Griffin Dunne (This Is Us), Neve Campbell (O Poder e a Lei) e Rachel Brosnahan (The Marvelous Mrs. Maisel).
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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