Prestes a estrear como protagonista de uma série (Fubar, na Netflix), Arnold Schwarzenegger pouco atuou na TV ao longo da carreira, iniciada em 1970. Uma das raras aparições do ex-Mr. Olympia foi hilária e inesquecível, no último episódio de Two and a Half Men. Ele foi escolhido a dedo para ridicularizar a trama da comédia, apontando absurdos da narrativa e cutucando Charlie Sheen.
Chuck Lorre, cocriador da sitcom popular, usou da filosofia “ao menos o não eu tenho” ao procurar Schwarzenegger para lhe oferecer o papel de um policial. Ele ficou surpreso e contente com a resposta positiva do ator. Para o showrunner, o eterno exterminador do futuro era perfeito para zoar a série em cena carregada de humor cara de pau, seco e sem expressão.
Schwarzenegger viveu o tenente Wagner. A dupla Alan Harper (Jon Cryer) e Walden Schmidt (Ashton Kutcher) foi até o policial após receber mensagens ameaçadoras de Charlie Harper (Sheen), irmão de Alan. Então, os dois contaram toda a história envolvendo Charlie.
Wagner, incrédulo, repetiu o que ouviu. Enquanto apontava várias inconsistências da história (diretamente zombando da série), Alan e Walden reagiram tentando justificar certos pontos. Eles também tiraram onda da trama.
Em determinado momento, Wagner disse: “Então, há 12 anos, você e seu filho idiota foram morar com seu irmão”. Alan rebateu: “Ele [o filho Jake] não era idiota no começo. Ele ficou depois”. Isso aconteceu por que “acabou sendo mais engraçado assim”, segundo Alan, fazer Jake ficar mais burro com o passar do tempo, referência a uma das tantas críticas que Two and a Half Men recebeu.
O policial ficou espantado como Charlie, que sempre afirmou não gostar do irmão, permitiu que ele morasse na mansão à beira da praia, durante oito anos e meio, sem pagar aluguel. “Você não é o único a ponta como isso é ilógico.”
Assim que Sheen saiu de Two and a Half Men, Ashton Kutcher entrou como protagonista. A inserção de seu personagem ricaço foi absurda, sem sentido. Wagner captou isso.
“Você [Walden] tentou se afogar no mar, mas mudou de ideia porque a água estava muito gelada. Daí, você foi para a casa dele [de Alan] e fez uma oferta para comprar a casa”, falou o tenente. “Parecia uma boa ideia na época”, se defendeu Walden.
“E você deixou ele [Alan] morar, com o filho, em sua casa durante quatro anos, sem cobrar aluguel?”, continuou Wagner. “Quando você descreve assim, soa como algo ridículo…”, respondeu o bilionário, sem graça.
Na dinâmica, foram ditas várias indiretas (e diretas) contra Charlie Sheen, então brigado com Chuck Lorre. Charlie, o personagem, foi pintado como beberrão, drogado, viciado, baderneiro, problemático… Walden alertou: “Esse cara tem sérios problemas de raiva.”
O policial, curioso, perguntou: “Ele já tentou fazer algum tratamento de choque?”. “Sim, mas não deu certo”, disse Alan. É uma referência à série Tratamento de Choque (Anger Management) que Sheen estrelou após deixar Two and a Half Men. A tal comédia teve duas temporadas (mas com muitos episódios, cem no total).
Veja, em inglês, a participação de Arnold Schwarzenegger em Two and a Half Men, no episódio final da série, exibido em fevereiro de 2015:
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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