15 anos de Glee, a premiada série lembrada por maldição fúnebre

Série vencedora de 78 prêmios, incluindo seis Emmys e o Globo de Ouro de melhor comédia em 2011, Glee (Disney+) completa 15 anos neste domingo (19). Embora haja reconhecimento pelas conquistas, assim como por ser sucesso de audiência em todo o mundo e abrir espaço à diversidade, Glee é profundamente marcada por uma maldição fúnebre: três jovens atores do elenco morreram em um intervalo de sete anos.

Existe um contraste grande entre essas ocorrências trágicas da vida real e a proposta da série, de apresentar uma história positiva e revigorante sobre os estudantes da escola de ensino médio William McKinley. O ponto de partida é o professor de espanhol Will Schuester (Matthew Morrison) decidindo revitalizar o coral do colégio.

Glee começou a sentir o peso da maldição quando ainda estava no ar (estreou em 2009 e chegou ao fim em 2015, após seis temporadas). Cory Monteith, que interpretava Finn Hudson, foi encontrado morto em um quarto de hotel na cidade de Vancouver (CAN), em 13 de julho de 2013, devido a uma overdose de heroína e álcool. Ele tinha 31 anos e lutava contra o vício.

Dois anos depois, Mark Salling, o Noah “Puck” Puckerman, foi preso por posse de pornografia infantil. Em 2017, ele se declarou culpado e aguardava sentença quando, em 30 de janeiro de 2018, cometeu suicídio; tinha 35 anos.

Em 8 de julho de 2020, Naya Rivera, que viveu Santana Lopez na série, desapareceu durante um passeio de barco. Ela estava acompanhada do filho pequeno, de quatro anos, que saiu ileso do incidente. Cinco dias depois, o corpo de Naya foi encontrado e a causa da morte foi afogamento acidental. Naya tinha 33 anos.

Os três são constantemente lembrados pelo elenco de Glee em datas comemorativas, o que não deve ser diferente nesse aniversário de 15 anos. As tragédias com base em fatalidades ou problemas pessoais são indissociáveis da série, afinal cada integrante desse trio teve sua importância na trama, encantando o público.

Glee e o preço da fama

Questões sobre as mortes de Monteith, Salling e Maya nunca foram completamente encerradas. Até por isso, no ano passado, o canal ID lançou o documentário Glee: O Preço da Fama, que chegou a estar disponível na Max. 

Esse projeto foi recebido pelos fãs com muitas críticas por causa de seu conteúdo. A proposta foi mostrar o que rolava por trás das câmeras: um elenco em ascensão que enfrentou diversos escândalos, repercussões negativas na imprensa e tragédias fatais.

O documentário mostrou a vida dos integrantes do elenco dentro e fora do set, por meio de entrevistas inéditas que revisitaram as exigências envolvidas em participar de um sucesso da TV e os dramas enfrentados nos bastidores. 

Entre os entrevistados estiveram parentes e amigos do elenco; profissionais que trabalhavam no set ou ligados à produção, como cenógrafos, cabeleireiros, estilistas e publicitários; e jornalistas do setor de entretenimento que cobriram o fenômeno Glee.