LOCAÇÕES

Após truque hollywoodiano, Xógum quer gravar 2ª temporada no Japão

No primeiro ano, série ergueu cenários japoneses no sul do Canadá
DIVULGAÇÃO/FX
Bastidores da 1ª temporada de Xógum
Bastidores da 1ª temporada de Xógum

Série com mais estatuetas ganhas em uma única edição de Emmy (18, em 2024), Xógum contou a gloriosa saga japonesa com episódios gravados… em Vancouver, no Canadá. Após o truque hollywoodiano, que transformou o sul da Colúmbia Britânica no Japão do século 17, a atração tem planos para fazer a segunda leva na Terra do Sol Nascente.

A princípio, o Japão foi descartado por causa de diversos contratempos, como encontrar cenários e estúdios ideais. Mas a produtora Eriko Miyagawa, durante um painel da Motion Picture Association no Festival Internacional de Cinema de Tóquio, realizado nesta semana, revelou que existe, sim, a possibilidade de continuar a história de Xógum em solo japonês.

“Adoraria que isso acontecesse”, afirmou Eriko, ao ser questionada sobre a chance de gravar a segunda temporada do drama de época no Japão. “Não depende apenas de mim, mas sigo apresentando ideias e tentando abrir caminhos.”

A produtora explicou que o primeiro ano de Xógum foi originalmente pensado para ser rodado no Japão, mas a pandemia obrigou a equipe a mudar os planos. “Queríamos muito gravar aqui, mas era o auge da Covid-19. Os criadores Justin Marks e Rachel Kondo não puderam vir fazer o reconhecimento de locações, e tivemos de desistir.”

Assim, os sets foram erguidos em Vancouver, uma decisão que, segundo Eriko, gerou críticas, mas se mostrou pragmática. “Lá havia toda a estrutura necessária: estúdios amplos, variedade de locações, moradia acessível e logística eficiente. Tudo a meia hora de distância”, contou a produtora.

Ela reforçou que uma produção grandiosa do nível de Xógum exige espaços amplos e múltiplas locações próximas, algo ainda raro no Japão. “Os estúdios daqui são pequenos; até o maior da Toho é minúsculo comparado aos padrões de Hollywood”, observou.

Foi feita também uma observação sobre as condições de trabalho no território japonês, onde, de acordo com Eriko, longas jornadas e baixos salários afastam novos talentos: “Estamos perdendo gente boa para outros setores.”

Apesar de todo o entusiasmo, a cineasta fez questão de ressaltar que ainda há entraves logísticos e financeiros que tornam o Japão pouco competitivo frente a outros destinos de produção de larga escala.

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