Quarto spin-off de The Walking Dead, Dead City estreia nos Estados Unidos neste domingo (18), no canal AMC; não há previsão de lançamento no Brasil. O novo drama dentro do universo zumbi reúne uma dupla inusitada dentro em totalmente diferente do habitual. Negan (Jeffrey Dean Morgan) e Maggie (Lauren Cohan) formam aliança numa missão de resgate em plena Nova York empesteada de mortos-vivos.
Na prática, Dead City é continuação de The Walking Dead. A narrativa se passa anos indeterminados após o fim da série mãe. Maggie está novamente sozinha no mundo com o único objetivo de resgatar seu filho adolescente, Hershel (Logan Kim), sequestrado pelo vilão da vez, chamado de O Croata (Željko Ivanek).
A adição de Negan na história é justificável. No final de The Walking Dead, o anti-herói abandonou os sobreviventes e seguiu seu caminho. Nesta empreitada, acabou se envolvendo em enrascadas e se tornou homem procurado pela polícia, que colocou sua cabeça a prêmio, pedindo até recompensa sobre o paradeiro do ex-professor de educação física.
Maggie o encontra. E faz uma proposta: ou ele a ajuda na caça ao menino Hershel… ou ela o entrega para a polícia. A negociação tem um plus, pois o tal do Croata, no passado nem tão distante, foi capanga do Negan versão vilão, quando ele liderava o grupo chamado de Salvadores. Negan aceita a proposta da viúva arquiinimiga.
Dead City apresenta um pano de fundo diferente do usual, o que ótimo. Negan e Maggie adentram na ilha de Manhattan composta por 1,5 milhão de zumbis; ela foi isolada de todas as outras regiões de Nova York, com túneis bloqueados e pontes quebradas.
A série encontrou outros meios de fazer os mortos-vivos “morrer” de fato. Entra na conta desde derretimento até queda livre despencando do alto dos grandes arranha-céus da cidade, se espatifando no chão ou em cima de carros.
Quem é fã de The Walking Dead vai curtir Dead City não apenas por esses aspectos nunca antes vistos na franquia (a ambiência na cidade grande é fator de destaque e bem positivo). Negan e Maggie são dois dos personagens mais interessantes de toda a franquia. Juntá-los, em uma história bem contada, foi uma boa ideia.
A palavra-chave do novo spin-off é “condensado”. O elenco é pequeno, são apenas seis episódios… Isso faz com que a narrativa seja mais movimentada e excitante, focando apenas no essencial e aproveitando o melhor que The Walking Dead mostrou, fugindo daquele marasmo que por algum tempo marcou a série mãe.
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br