
Com a quinta temporada a todo vapor, novos episódios lançados aos domingos pelo Prime Video, The Chosen volta a ser alvo de críticos que apontam desvios bíblicos da trama sobre Jesus Cristo, baseada em relatos publicados nos Evangelhos.
Esse assunto é tão incômodo para o criador da série, Dallas, Jenkins, que ele teve de abordá-lo em um vídeo reforçando o que é, em sua visão, óbvio: The Chosen é uma obra artística, portanto, há algumas adições extra bíblicas em prol do contexto. Tudo isso sempre amparado em fatos, em registros históricos.
Essa veia artística fica explícita na quinta temporada, focada na Semana Santa. Os episódios não foram montados de forma linear em igualdade com a Bíblia, versículo a versículo. O objetivo é oferecer um olhar diferente a essa história bastante conhecida.
Jenkins sempre insiste nessa tecla de que The Chosen é uma obra artística, não necessariamente documental. Um exemplo que ele usa é o de um quadro em um museu. Nessa situação, a pessoa não somente olha o retrato por alguns segundos e segue em frente. É necessária uma imersão contemplativa para compreender aquela obra.
O mesmo se dá com The Chosen, na opinião dele. A série tem essa pegada artística para levar o telespectador à reflexão, analisando questões históricas além da Bíblia. Não se trata de uma série televisiva que apenas, literalmente, encena as páginas do Livro Sagrado.
The Chosen é mais uma prova de que arte e religião podem andar juntas. •

João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br