CRÍTICA

The Assassin: série é boa, apesar da atuação caricata de Freddie Highmore

Drama de ação e espionagem acerta ao focar no entretenimento puro
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Freddie Highmore com Keeley Hawes em pôster de The Assassin
Freddie Highmore com Keeley Hawes em pôster de The Assassin

O streaming Universal+ lança, nesta terça-feira (26), The Assassin (A Assassina), mais um drama de ação e espionagem, gênero que está em alta na TV. Estrelada por Keeley Hawes e Freddie Highmore, a série é boa e merece sua atenção, apesar da atuação caricata de Highmore, que parece estar interpretando o médico Shaun Murphy, de The Good Doctor, papel que lhe rendeu indicação ao Globo de Ouro.

O ator londrino sofre da mesma síndrome de Ellen Pompeo, a de não conseguir se desgrudar de personagens marcantes. Assim como a atriz não exorcizou a cirurgiã Meredith Grey quando fez a minissérie Uma Família Perfeita (Disney+), Freddie Highmore repete muitos trejeitos de Murphy em The Assassin; os palavrões ditos pelo personagem são uma das poucas distinções.

Embora exista esse problema, a série de espionagem apresenta uma ótima narrativa, suficiente para não entediar e levar o telespectador até o último episódio. E como contraponto ao colega, Keeley Hawes (três vezes indicada ao Bafta) faz um ótimo trabalho na pele de uma assassina fria e calculista (e sarcástica ao extremo, vale ressaltar).

Conheça a trama de The Assassin
Para se diferenciar de tantas outras séries de ação e espionagem lançadas recentemente, The Assassin coloca no centro da história uma assassina de aluguel na meia-idade, sempre com um comentário irônico na ponta da língua. 

Keeley interpreta Julie, uma ex-matadora profissional que tenta levar uma vida discreta na Grécia, curtindo um tipo de aposentadoria e afastada do passado, alheia às tentativas de sociabilidade dos vizinhos. 

A calmaria, no entanto, não dura. Após dez anos de silêncio, seu antigo contato a convoca para uma nova missão, exatamente no momento em que o filho Edward (Highmore) decide visitá-la depois de quatro anos de afastamento. 

Entre revelações familiares, conflitos domésticos e refeições atrapalhadas pela recente adesão do rapaz ao veganismo, Julie precisa equilibrar dilemas pessoais com o retorno forçado ao mundo da violência, em um caso diretamente ligado à vida pessoal de seu filho, como o primeiro episódio deixa claro em uma reviravolta inesperada.

A cada capítulo, múltiplas tramas se entrelaçam: do mistério sobre o verdadeiro paradeiro do antigo chefe de Julie a perseguições mortais que transformam vilarejos pacatos em campos de batalha.

Keeley entrega uma personagem precisa e afiada, transitando entre a frieza letal de uma assassina e o sarcasmo de uma mãe pouco maternal, arrancando risos mesmo nas situações mais brutais.

O legal de The Assassin é que a série não pretende ser realista, moralista e nem levantar debates sociais profundos. É puro entretenimento, assumidamente exagerado, feito para prender o público em cada minuto.

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