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Cena de Supacell, série britânica sobre heróis
Lançada em 27 de junho, a série britânica Supacell estreou com tudo na Netflix. Nos primeiros quatro dias de disponibilidade, o drama sobre heróis registrou 6,4 milhões de visualizações em todo o mundo, só atrás da terceira temporada de Bridgerton. É uma performance de gente grande, de uma atração que chegou sem marketing, mas que rapidamente conquistou os assinantes. No Brasil, é a número 1 do top 10 diário desde domingo (30).
Qual a origem de Supacell? É uma narrativa sobre heróis baseada em alguma HQ?
A história gira em torno de cinco pessoas comuns que, de repente, desenvolvem superpoderes. Um ponto em comum entre elas é serem todas pessoas pretas do sul de Londres. Agora, Michael Lasaki (Tosin Cole), um entregador de mercadorias, precisa reunir todas elas para salvar a mulher que ama. Fora isso, uma organização secreta age para controlar o quinteto superpoderoso.
Supacell é uma história toda original, sem conexão direta com nenhum quadrinho de herói. A mente por trás da obra é Andrew Onwubolu, mais conhecido como Rapman, londrino que é rapper, produtor, roteirista e diretor. Ele simplesmente escreveu sozinho todos os seis episódios da série, seguindo o modelo autoral comum em atrações curtas da TV britânica; também dirigiu metade dos capítulos.
Um diferencial de Supacell é colocar pessoas pretas no núcleo de uma trama de heróis e ter como pano de fundo um cenário urbano raiz, as ruas do sul de Londres, capital da Inglaterra.
E vai além de uma trama de ação e de ficção científica. São abordadas questões sociais e culturais relevantes, explorando a experiência da negritude no Reino Unido. Temas como racismo, desigualdade social e a luta por identidade e reconhecimento ganham espaço.
Soma-se a isso o fato de a série oferecer uma nova perspectiva sobre o conceito de superpoderes. São indivíduos comuns que lidam com habilidades extraordinárias, precisando lidar com as consequências disso, para o bem ou para o mal.
