O ator Kieran Culkin vai se inscrever para o Emmy de 2023 como protagonista de série dramática ao invés de coadjuvante, mudança que afeta diretamente as chances dele de ganhar uma estatueta. Se na disputa na categoria de coadjuvante ele seria um dos favoritos, como protagonista vira um azarão, correndo sério risco de sequer ser indicado, devido à forte concorrência.
É o próprio ator que escolhe como deseja participar no Emmy; e tem de pagar uma taxa de inscrição para colocar o nome na lista de postulantes a uma indicação. Kieran Culkin, em entrevista ao site Variety, afirmou que a decisão de como entrar no Oscar da TV deste ano não está relacionada a uma questão estratégica de campanha de olho no voto dos integrantes da Academia de Televisão americana, organizadora do Emmy. É uma questão de ser fiel à representação da trama da atração da HBO.
Por esse ponto de vista, o ator tem razão. Seu personagem, o piadista e sarcástico Roman Roy, está no centro da narrativa da quarta temporada de Succession, sendo uma pessoa fundamental na corrida principal do drama, sobre quem vai suceder o patriarca e magnata Logan Roy (Brian Cox) no comando do tão cobiçado conglomerado Waystar Royco.
Pela pura análise competitiva, Culkin tem tudo para levar a pior. Como coadjuvante de série dramática, o ator foi indicado por duas das três temporadas anteriores (segunda, em 2020; terceira, em 2022). Ele estava entre os favoritos dessa categoria, tendo como rival Matthew Macfadyen, o Tom de Succession, vencedor do ano passado. Não seria absurdo afirmar que Culking se colocava como “O” favorito contra Macfadyen.
Já entre os protagonistas, a briga é ferrenha. Das seis vagas a serem preenchidas, quatro praticamente estão reservadas: Bob Odenkirk (Better Call Saul), Jeremy Strong (Succession, vencedor em 2020), Pedro Pascal (The Last of Us) e Jeff Bridges (The Old Man).
Uma outra vaga pode ser de Brian Cox. Contudo, ainda há dúvidas sobre sua inscrição, se como protagonista ou coadjuvante, isso por causa do tempo de cena dele nesta temporada. Ele vai ser indicado em qualquer uma das categorias.
Assim, a briga é grande para ocupar a sexta vaga. Culkin, sem dúvida, é um nome a se apostar. Mas ele está correndo por fora ao lado de nomes como Paddy Considine (A Casa do Dragão), Diego Luna (Andor), Matthew Rhys (Perry Mason, vencedor em 2018 por The Americans), Harrison Ford (1923) e Kevin Costner (Yellowstone).
Na categoria melhor ator de série dramática, os favoritos são (neste momento): Jeremy Strong e Bob Odenkirk. Mesmo indicado, as chances são mínimas de Culkin ameaçar esses dois.
Acompanhe o Diário de Séries no Google Notícias.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br