DIVULGAÇÃO
Manifestação de roteiristas durante greve em Hollywood, em 2007
Os roteiristas sindicalizados da Grã-Bretanha (WGGB) apoiam os colegas que trabalham em Hollywood em meio a negociações para evitar uma greve na indústria de entretenimento americana. E a força não apenas é em meras palavras. A entidade orienta os seus filiados a recusarem qualquer trabalho que vier de Hollywood se a paralisação acontecer mesmo (a partir de maio).
A ordem se estende até a possibilidade de produções americanas migrarem ao Reino Unido como saída para driblar a greve. O WGGB está se antecipando ao truque que os estúdios e produtoras hollywoodianas podem aplicar, contratando roteiristas que não fazem parte do sindicato americano, o WGA.
“Se não for possível evitar a greve, recomendamos que nossos filiados não aceitem trabalhos que estejam dentro da jurisdição do WGA, isso durante todo o período da greve”, informou o sindicato dos roteiristas britânicos, em nota.
Essa posição do WGGB é importante porque mina uma alternativa dos grandes estúdios de Hollywood de furar a greve.
O WGA começou, nesta semana, a pedir que seus integrantes votem sim ou não pela autorização da greve. Ter a maioria dos votos “sim” é crucial para o bom andamento das negociações com a AMPTP, associação que representa os nove maiores estúdios de Hollywood.
Com o apoio majoritário dos filiados, a diretoria do WGA tem autorização para decretar greve se um acordo com os patrões não ocorrer. O contrato vigente entre ambas as partes termina em 1º de maio.
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br