DIVERSIDADE

Arco-íris à vista: romances LGBTQIA+ estão no futuro de Bridgerton

Amores coloridos surgem no horizonte do drama de época ícone da Netflix
IMAGENS: DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Luke Thompson, Hannah Dodd e Claudia Jessie em Bridgerton
Luke Thompson, Hannah Dodd e Claudia Jessie em Bridgerton

Com o término da terceira temporada de Bridgerton, a parte final entrou na Netflix na última quinta-feira (13), o assunto que toma conta das conversas é sobre quem será o(a) protagonista da quarta leva de episódios. Das três histórias que realisticamente podem ser desenvolvidas a seguir, duas apresentam romances LGBTQIA+ no centro da narrativa.

[Atenção: spoilers da série Bridgerton e da coleção Os Bridgertons]

O terreno está pronto para a escolha das jornadas românticas de três irmãos do clã Bridgerton: Eloise (Claudia Jessie), Francesca (Hannah Dodd) e Benedict (Luke Thompson).

Já está claro que Francesca irá protagonizar uma história de amor queer, lésbica ou bissexual. E a showrunner da série, Jess Brownell, rotulou Benedict como pansexual após o que ele vivenciou na terceira temporada; a pessoa pansexual sente atração, romântica ou emocional, independentemente de gênero.

Eloise, por sua vez, está na seca, não choveu em sua horta ainda. Por demonstrar claro desinteresse na busca por um marido, muitos fãs de Bridgerton especulavam que ela seria a primeira personagem principal a liderar um romance lésbico ou bissexual. Isso, por enquanto, está indefinido, aberto a debates. 

E a quarta temporada de Bridgerton?

Luke Thompson em Bridgerton
Luke Thompson em Bridgerton

História de Benedict

Na terceira temporada, a série Bridgerton pulou a ordem da saga Os Bridgertons, coleção de oito livros escrita por Julia Quinn. Foi adaptado o volume Os Segredos de Colin Bridgerton, o de número quatro. O terceiro, Um Perfeito Cavalheiro, é sobre Benedict.

Logicamente, esse seria o livro ideal para a quarta temporada. A produção da Netflix prontamente estabeleceu qual a inclinação de Benedict no quesito romance: “A identidade sexual não é uma coisa fixa para ele”, disse Jess sobre Benedict, em entrevista ao site The Hollywood Reporter. “Em termos modernos, ele pode ser descrito como pansexual, aquele que não enxerga o gênero de alguém como algo importante.”

Essa é uma mudança significativa em relação ao livro de Benedict, no qual ele se apaixona por uma moça chamada Sophie.

Jess comentou que a fluidez sexual de Benedict esteve presente na série desde a primeira temporada. “Eu realmente acho que ele é um personagem que naturalmente demonstra ter relações mais baseadas em uma conexão com outra pessoa do que algo decisivamente ligado a gênero”, comentou a showrunner.

 

Claudia Jessie na 3ª temporada de Bridgerton
Claudia Jessie na 3ª temporada de Bridgerton

História de Eloise

O livro de Eloise é o quinto da coleção Os Bridgertons, intitulado de Para sir Phillip, Com Amor. Nele, Eloise engata uma relação com o marido viúvo de uma prima distante, romance no qual ambos precisam realmente descobrir se foram mesmo feitos um para o outro.

Até agora, na série, Eloise está à margem dos romances que pipocam por todos os cantos. Muitos fãs acreditavam que isso poderia ser um indício de que a jovem não se interessa por homens. Para Jess, “a resistência de Eloise ao romance não se deve tanto ao fato de ela não ter descoberto o gênero certo [para suas aventuras amorosas], mas sim a uma representação autêntica do fato de que ela está mais interessada em atividades cerebrais nesta fase de sua vida.”

“Eu queria reservar esse pedaço da trama para esse tipo de jornada, porque nem toda jovem está interessada apenas em romance. Isso não quer dizer que Eloise não se abrirá para o amor no futuro”, completou.

 

Hannah Dodd na pele de Francesca em Bridgerton
Hannah Dodd na pele de Francesca em Bridgerton

História de Francesca

Sem deixar margens para dúvidas, Jess afirmou que Francesca e Michaela Stirling (Masali Baduza), nova personagem introduzida na terceira temporada, vão liderar um potencial romance queer. Essa é outra diferença sensível em relação aos livros. A série mudou o gênero de Michael, o personagem com quem Francesca se relaciona no sexto livro da saga: O Conde Enfeitiçado.

Jess revelou que identificou “Francesca como uma mulher queer” ao ler o livro focado em sua jornada romântica. “O livro é muito sobre como ela se sente diferente de sua família e das pessoas da sociedade. Para alguns de nós, isso faz parte da experiência queer, não para todos, mas para muitas pessoas queer”, falou.

Parte do público criticou essa alteração na jornada de Francesca. A decisão veio de Jess, que resolveu desenvolver Francesca como queer, mudando características e vontades da personagem.

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