DEDICATÓRIA

Quem é Léa Garcia? Entenda homenagem feita por Arcanjo Renegado

Atriz icônica da dramaturgia brasileira fez parte do elenco do drama policial
REPRODUÇÃO/GLOBOPLAY
Léa Garcia na 3ª temporada de Arcanjo Renegado
Léa Garcia na 3ª temporada de Arcanjo Renegado

O primeiro episódio da terceira temporada de Arcanjo Renegado, que entrou no Globoplay nesta quinta-feira (14), traz uma mensagem após a cena final: “Essa temporada é dedicada à memória de Léa Garcia (1933-2023)”. A atriz lendária, com mais de cem trabalhos no currículo, fazia parte do elenco do drama policial do streaming da Globo na pele de Dona Laura, personagem que se tornou parte da família dos irmãos Sarah (Erika Januza) e Mikhael (Marcello Melo Jr).

Nesse episódio, Laura aparece interagindo com Sarah, durante uma ação da igreja evangélica local. Bastante religiosa, a senhora trabalha como voluntária do templo cristão, sempre ao lado do pastor Anderson (Emílio Orciollo Netto). Esse foi um dos últimos trabalhos da artista icônica.

Léa Garcia morreu, aos 90 anos, em 15 de agosto de 2023. Ela estava em Gramado (RS), onde seria premiada com o Troféu Oscarito no tradicional Festival de Cinema de Gramado. Marcelo Garcia, empresário e filho da atriz, informou que a causa da morte da mãe foi um infarto agudo do miocárdio. 

Nascida em 11 de março de 1933, no Rio de Janeiro, Léa fez história no teatro, na televisão e no cinema. 

Sua trajetória como atriz começou nos palcos, onde estreou na peça Rapsódia Negra aos 19 anos. Foi com o grupo de teatro dirigido por Abdias do Nascimento, o Teatro Experimental do Negro, que ela encontrou seu espaço e se destacou. Esse grupo, voltado para a inclusão de artistas pretos no cenário cultural, deu a Léa a chance de explorar diferentes facetas e permitiu que sua carreira florescesse.

No cinema, Léa alcançou um dos pontos mais altos de sua jornada ao atuar em Orfeu Negro (1959), filme de Marcel Camus que conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro. Ela interpretou a personagem Serafina, sendo notada internacionalmente por sua presença marcante e performance expressiva. A participação em Orfeu Negro abriu as portas para novas oportunidades, consolidando sua carreira e colocando-a como uma das principais atrizes do Brasil.

Com o passar dos anos, Léa Garcia também se tornou um nome frequente na televisão, especialmente nas novelas da Globo, nas quais marcou presença em várias produções de sucesso. Entre seus trabalhos mais memoráveis está a novela Escrava Isaura, de 1976, interpretando a personagem Rosa. Essa e outras personagens a tornaram ainda mais reconhecida e lhe conferiram status de destaque na história da teledramaturgia nacional.

Além de sua contribuição inegável para as artes, Léa Garcia também é lembrada por seu ativismo e pela luta contra o racismo no meio artístico. Sua postura firme e compromisso com a representatividade abriram caminho para gerações de artistas negros no Brasil, inspirando e fortalecendo o movimento em prol de mais visibilidade e oportunidades para esses profissionais.

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