JUSTIÇA

Quatro julgamentos frutos do movimento Me Too começam neste mês

Os atores Kevin Spacey e Danny Masterson estão na mira
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Kevin Spacey na 5ª temporada de House of Cards
Kevin Spacey na 5ª temporada de House of Cards

Movimento social contra predadores sexuais que explodiu em 2017 na indústria do entretenimento, o Me Too vê neste mês o início de quatro julgamentos oriundos de denúncias encorajadas pela onda de acusações contra homens poderosos de Hollywood. Kevin Spacey (ator), Harvey Weinstein (produtor), Paul Haggis (diretor) e Danny Masterson (ator) estão na mira do martelo da Justiça.

As deliberações serão feitas em Nova York e Los Angeles, duas na esfera civil e outras duas na criminal. Quem começa no alvo é Kevin Spacey (House of Cards), em corte federal, na quinta-feira (6). O ator Anthony Rapp (Star Trek: Discovery) processa Spacey e pede US$ 40 milhões de reparação. O motivo da ação é um suposto incidente ocorrido em 1986. Rapp, então com 14 anos, teria sofrido abuso sexual do ator veterano. 

Quando a acusação veio a público, há cinco anos, Kevin Spacey era um nome forte no mundo das séries, encabeçando House of Cards. Ele acabou sendo demitido da série da Netflix imediatamente.

Na semana que vem, começam os casos de Harvey Weinstein e Danny Masterson. Famoso produtor em Hollywood, Weinstein foi quem mais recebeu acusações de todo tipo de abusos e assédios sexuais, incluindo estupro. Foram as denúncias contra ele que impulsionaram o movimento Me Too, desencadeando milhares de casos envolvendo outras personalidades da indústria do entretenimento.

O atual julgamento é o segundo de Weinstein sobre assédio sexual. Em fevereiro de 2020, ele foi condenado por duas acusações: 23 anos de prisão em custódia (ele está em uma penitenciária para pessoas que necessitam de assistência médica constante, em Los Angeles).

No próximo dia 11, tem início o julgamento de Danny Masterson, mais conhecido pela comédia That ’70s Show, que é acusado de múltiplas denúncias de abuso sexual. Se declarado culpado, o ator pode receber uma pena de 45 anos ou até prisão perpétua.

Já no caso do diretor Paul Haggis, uma ex-assessora de imprensa dele, Haleigh Breest, diz que foi estuprada pelo chefe após uma noite de estreia de um filme, em 2013. Ele alega que o sexo foi consensual e ainda afirma que Haleigh o procurou para extorqui-lo, exigindo um acordo de milhões de dólares por baixo do pano.

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