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O executivo Reed Hastings, co-CEO da Netflix
O executivo Reed Hastings, fundador, presidente e co-CEO da Netflix, entrou na lista dos profetas que decretaram o fim da TV convencional, essa dos sinais gratuitos e com uma grade de programação fixa. Segundo ele, em conversa com investidores da gigante do streaming, a atual conjuntura aponta “para o fim definitivo da TV convencional nos próximos cinco ou dez anos.”
Reed Hastings usa como base dados da Nielsen, o ibope americano. Números levantados pelo instituto de pesquisa na temporada 2021-2022 mostram que a Netflix foi quem gerou mais horas assistidas na TV do que qualquer concorrente, incluindo as emissoras de transmissão aberta, nos Estados Unidos.
A Netflix teve mais horas assistidas do que a segunda e terceira colocadas somadas, as poderosas redes CBS e NBC. O share, porcentual de televisores ligados na gigante do streaming, foi de 7,7%, número recorde e que colocou a plataforma na liderança nesse quesito.
Por que ‘fim’ é um exagero?
Evidentemente, a TV convencional está passando por mudanças drásticas a cada ano, muito em parte pela nova forma de consumir entretenimento, hábito diretamente influenciado pelos streamings. Mas “o fim definitivo da TV”, como afirmou Hastings, é um exagero.
Mesmo analisando pelo prisma do entretenimento, a TV ainda tem muita força, seja com séries ou novelas. Claro que não causa o mesmo impacto de outrora, contudo ainda tem relevância. Sem contar que as transmissões esportivas e o noticiário são os pontos fortes da TV convencional (as plataformas online estão investindo forte no esporte ao vivo, registra-se).
Da mesma forma que o rádio não acabou com a chegada da TV e nem o cinema com o advento do streaming, a TV convencional não deve virar um dinossauro no mundo do entretenimento. Com certeza não terá o mesmo modelo e formato de antigamente e pode perder um pouco da relevância. Entretanto, o “fim definitivo” é improvável.
