10 anos de Ponto Cego: saiba como eram colocadas 200 tatuagens na atriz

Série extremamente popular no Brasil durante a década passada, especialmente por causa da Netflix, Ponto Cego (Blindspot) completa 10 anos neste domingo (15). Em cinco temporadas, o drama policial narrou uma história bem peculiar, sobre uma mulher misteriosa que apareceu, do nada, nua e com o corpo todo tatuado, encontrada dentro de uma bolsa bem no centro de Nova York.

Essa moça, interpretada por Jaimie Alexander, recebeu o nome de Jane Doe, chamada assim porque o FBI, a polícia federal norte-americana, não sabia sua identidade real. Logo, descobriram que as tatuagens no corpo dela eram, na verdade, pistas que apontavam para crimes ainda não ocorridos ou pessoas criminosas a serem capturadas.

Quando iria aparecer em cena com o corpo coberto de desenhos, Jaimie tinha de passar por uma sessão diária de seis horas para que a equipe de maquiagem de Ponto Cego colocasse as mais de 200 tatuagens em seu corpo, do pescoço aos pés. Quem liderou essa missão foi Christien Tinsley, indicado ao Oscar de maquiagem em 2004 pelo marcante filme A Paixão de Cristo.

Essas tatuagens eram, na verdade, adesivos comuns. O método de aplicação era muito simples, feito com esponja e água. O diferencial estava no material, bastante resistente para manter-se intacto durante três dias, resistindo ao suor e a qualquer tipo de contato.

Nesses três dias, a produção aproveitava para gravar o máximo de cenas possíveis que mostrassem o corpo da personagem, destacando costas, pernas ou barriga. 

Depois desse ciclo, Jaimie recebia tatuagens em partes estratégicas que seriam mostradas parcialmente, como os ombros, braços ou pescoço por exemplo, surgindo em cena com figurinos cobrindo todo o restante de seu corpo, justamente para não ficar mais de seis horas na maquiagem.

A trama de Ponto Cego
Exibida de 2015 a 2020, Ponto Cego seguiu a jornada de Jane Doe. Sem qualquer lembrança sobre quem é ou de onde veio, ela se torna um enigma vivo. Imediatamente, os investigadores percebem que os desenhos espalhados por seu corpo funcionam como pistas enigmáticas que os conduzem a desvendar diferentes crimes.

Entre as inscrições em sua pele, os agentes do FBI descobrem uma antiga tatuagem da Marinha coberta e, em outra parte do corpo, um endereço em caracteres chineses que os conduz a um terrorista.

Enquanto solucionam os mistérios que as tatuagens revelam, os federais tentam descobrir quem de fato é Jane Doe. •

João da Paz

João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br