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Alan Arkin na comédia O Método Kominsky
Ator aclamado do cinema e da TV, Alan Arkin morreu na última quinta-feira (29), aos 89 anos. Seu último trabalho no mundo das séries foi em O Método Kominsky (2018-2021), comédia da Netflix liderada pelo lendário Michael Douglas. Mas nas três temporadas da atração, quem roubou a cena foi Arkin, dando aula de atuação e acumulando indicações no circuito de premiações de Hollywood.
No centro da trama está Sandy Kominsky (Douglas), ator de grande sucesso no passado que virou professor de atuação venerado. O melhor amigo dele é Norman Newlander (Arking), seu empresário de longa data e amigo.
O papel de Arkin é delicado. Ranzinza, ele vive cabisbaixo, de luto, após a morte de sua mulher, Eileen (Susan Sullivan), vítima de câncer. Norman não tem ideia do que fazer sem a parceira; foram casados durante 46 anos. Um dos pontos altos do personagem é o discurso comovente durante o velório de Eileen.
Norman sente certo conforto ao imaginar em sua mente a mulher ao lado, como se fosse um fantasma. Sem receio, ele “conversa com ela” e tudo mais. O desenvolvimento do personagem acertou no alvo sobre como é a vida na velhice dentro dessa situação específica, da perda de uma união de quase meio século.
Com um humor ácido, Norman faz ótima dobradinha com Sandy, disparando piadas acerca de experiências típicas da velhice, provocando boas risadas.
A atuação de Arkin em O Método Kominsky não passou despercebida. Ele recebeu duas indicações ao Emmy de melhor ator coadjuvante em série de comédia, além de duas no Globo de Ouro e duas SAG.
No total, Alan Arkin disputou cinco Emmys, entre séries e telefilmes, mas nunca ganhou uma única estatueta. No Oscar foram quatro indicações, com uma vitória: em 2007, pelo filme Pequena Miss Sunshine.
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