Grande produção do mundo das séries nacionais, a rara Agosto (1993) passa a ficar disponível no catálogo do Globoplay a partir desta segunda-feira (7). Relíquia da TV, a minissérie mistura ficção com fatos para narrar um dos eventos mais trágicos da política brasileira: o suicídio do presidente Getúlio Vargas.
A minissérie é rara porque foi pouco exibida ao longo dessas três décadas desde a estreia. Com 16 episódios, a transmissão original se deu entre 24 de agosto e 17 de setembro de 1993. Dois anos depois, a Globo colocou no ar uma versão compacta. E em 2011 foi exibida na íntegra no canal Viva. Chegou a ter versões em VHS e DVD.
Agosto é adaptação do romance homônimo de Rubem Fonseca. O cenário é o Rio de Janeiro de 1954, em plena crise da era Vargas. Com o assassinato do empresário Paulo Gomes de Aguiar (Paulo Fernando) no início do mês de agosto, o incorruptível comissário de polícia Alberto Mattos (José Mayer) é encarregado de assumir a investigação do caso.
O tal empresário foi morto, em seu apartamento de luxo, durante o sexo. Em um primeiro instante, tratava-se de mais outro caso esdrúxulo a ser apurado por Mattos. Porém, não tinha nada de banal nesse crime, conectado com outras questões que levaram o policial até a investigação da morte de Getúlio Vargas; o político tirou a própria vida, com um tiro no coração, em 24 de agosto de 1954.
Poucos personagens da trama de Agosto são inspirados em pessoas reais. Um deles é o Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Getúlio. Ele ganhou vida na pele de Tony Tornado, que recebeu muitos elogios por sua atuação, talvez o maior destaque do elenco.
Bastidores e curiosidades de Agosto
O time que atuou em Agosto foi de peso. Além de Mayer e Tornado, o elenco contou com Ary Fontoura, Carlos Cabral, Carlos Bernardo, José Wilker, Leticia Sabatella, Lima Duarte, Lúcia Veríssimo, Norton Nascimento, Vera Fischer, entre outros tantos.
No total, mais de 136 atores e centenas de figurantes participaram da minissérie. Cerca de 400 pessoas trabalharam diretamente no projeto, gravado em mais de 70 locações.
Chama muita a atenção a reconstituição de época, levando o telespectador até o Rio de Janeiro dos anos 1950. Para tanto, não houve esforço poupado. As principais tecnologias disponíveis naquele período da década de 1990, de computação gráfica, foram usadas para a camuflagem de locações (apagar vestígios da modernidade), além da restauração de prédios.
A produção de arte selecionou quatro mil peças de época em antiquários do Rio de Janeiro e de São Paulo. E cerca de 40 automóveis das décadas de 1930, 1940 e 1950 apareceram nos episódios.
Nessa mistura de fatos com a ficção, a equipe da minissérie optou por usar imagens reais da comoção nacional com a morte de Vargas.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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