LUTO

Lenda das sitcoms americanas, Norman Lear morre aos 101 anos

Roteirista e produtor trabalhou em mais de cem séries
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Norman Lear em registro recente; morte aos 101 anos
Norman Lear em registro recente; morte aos 101 anos

Roteirista revolucionário e produtor lendário da TV americana, Norman Lear morreu aos 101 anos. A notícia foi confirmada pela família dele, em postagem na página oficial do showrunner no Instagram: “É com profunda tristeza e amor que anunciamos o falecimento de Norman Lear, nosso amado marido, pai e avô”, diz a nota. “Norman partiu pacificamente em 5 de dezembro de 2023, cercado por sua família enquanto contávamos histórias e cantávamos músicas até o fim.”

Norman Lear criou, desenvolveu ou trabalhou em mais de cem séries. Muitas sitcoms clássicas da década de 1970 da TV dos Estados Unidos passaram por suas mãos, como All in the Family (1971–1979), Maude (1972–1978), Sanford and Son (1972–1977), One Day at a Time (1975–1984), The Jeffersons (1975–1985) e Good Times (1974–1979).

Vencedor de seis Emmys, Lear sempre foi um nome muito famoso e celebrado em Hollywood. Sua marca foi inserir assuntos políticos e sociais nas séries de comédia. Assim, quebrou uma barreira, provando ser possível abordar temas sérios da sociedade em uma sitcom divertida e debochada.

Sua principal obra foi All in the Family, sitcom sobre uma família cujo patriarca era um trabalhador raiz, operário. A série foi líder de audiência nos EUA durante cinco anos seguidos, um feito sem precedente. No auge, a comédia chegou a ter um share de 60% (fatia de televisores ligados na atração).

Na temporada 1974-1975, cinco séries de Lear ficaram entre as dez mais vistas: All in the Family (líder), Sanford and Son (segunda), The Jeffersons (quarta), Good Times (sétima) e Maude (nona).

Ele foi um ativista em prol de causas sociais, militante progressista com pensamento à esquerda dentro do cenário político.

Eis um recado deixado pela família de Lear, o homenageando: 

“Norman viveu uma vida maravilhado com o mundo ao seu redor. Ele ficava maravilhado com sua xícara de café todas as manhãs, com o formato da árvore do lado de fora de sua janela e com os sons de uma bela música. Mas foram as pessoas, aquelas que ele acabou de conhecer e aquelas que conhecia há décadas, que mantiveram sua mente e seu coração jovens para sempre. Ao celebrarmos o seu legado e refletirmos sobre o próximo capítulo da vida sem ele, gostaríamos de agradecer a todos por todo o amor e apoio”.


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