ROBÔS EM AÇÃO

Nenhum humano foi substituído pelo uso da IA em Invasão Secreta, diz estúdio

Polêmica gira em torno da vinheta de abertura da nova série da Marvel
DIVULGAÇÃO/MARVEL
Emilia Clarke em cena de Invasão Secreta
Emilia Clarke em cena de Invasão Secreta

Nova série da Marvel, Invasão Secreta entrou no centro de um debate acalorado: uso da inteligência artificial (IA) no mundo do entretenimento. O estopim da polêmica foi a vinheta de abertura automatizada, que gerou reação negativa do público. Em nota, o estúdio Method, responsável pelo projeto, esclareceu que nenhum humano foi substituído pelo uso da IA.

“É crucial enfatizar que embora a IA tenha sido central na criação da vinheta, ela foi apenas mais uma ferramenta entre tantas outras que nossos artistas usaram”, disse a empresa, em comunicado divulgado pelo site The Hollywood Reporter. “Nenhum artista foi substituído na aplicação dessa nova ferramenta. Na verdade, [a IA] complementou e auxiliou a nossa equipe de criação.”

O estúdio enfatizou que os profissionais em seu plantel tiveram funções decisivas no projeto, como na direção de arte. Foi um processo de colaboração entre a inteligência artificial e os artistas, segundo a empresa.

Invasão Secreta estreou na última quarta-feira (21), contando a história de alienígenas que planejam dominar a Terra usando o poder de metamorfose (se transformam em humanos). A ideia da abertura feita pela IA foi explorar essa temática central da série [veja abaixo].

Ali Selim, diretor e produtor-executivo de Invasão Secreta, contou detalhes da vinheta em entrevista ao site Polygon. Ele afirmou que sim, a IA fez a peça de abertura da série. “Nós falamos com eles [Method Studios] sobre ideias, temas e palavras”, explicou. “Daí, o computador ia lá e produzia algo. E depois nós mudamos um pouco usando outras palavras, até ficar pronta.”

Há dois pontos de vista nesse debate específico. Um é o fato de que há o temor de a inteligência artificial substituir o trabalho de humanos na indústria do entretenimento, seja em produção de vinhetas ou na elaboração de tramas; isso em plena greve dos roteiristas, cujas (algumas) demandas giram em torno da aplicação da IA. Por outro lado, tem a explicação oficial que, de certo modo, justifica a automatização.


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