Seria algo, no mínimo, inusitado. A maior série de todos os tempos, uma das mais caras já feitas, Game of Thrones teria o seu final no cinema. Ao menos era essa a visão dos criadores David Benioff e D.B. Weiss. Em entrevista ao The Wall Street Journal, eles revelaram que existiu de fato essa proposta ousada de concluir a narrativa da atração televisiva na telona, com uma trilogia, validando declaração de George R.R. Martin, autor da saga literária que inspirou a série, dada há quatro anos.
Para o Wall Street Journal, a dupla contou que o projeto seria executado após a sexta temporada, lançada em 2016. Os três filmes iriam condensar o que virou duas temporadas compostas de 13 episódios (sete na sétima leva, seis na oitava). Os executivos da HBO não gostaram nada da ideia. E, como relataram Benioff e Weiss, a resposta negativa veio com acidez.
“Aqui é Home Box Office, [não] Away Box Office”, disseram para os criadores, fazendo um jogo de palavras com a sigla do canal, pois home quer dizer casa, em português, e away, fora/longe.
Em 2020, durante papo com um veículo de imprensa alemão, Martin comentou que os criadores de Game of Thrones tinham essa intenção mesmo, mas que no caso seria após a sétima temporada. O escritor falou que os executivos afirmaram que o negócio do canal era fazer TV, não filmes (embora a HBO tenha vários filmes em seu catálogo, lançados no cinema ou só para a TV).
Benioff e Weiss, hoje contratados da Netflix e prestes a lançar a série O Problema dos 3 Corpos na plataforma do tudum, aproveitaram para despejar mais segredos de quando trabalhavam para a HBO.
Eles trouxeram à tona que, certa vez, quando a empresa de telecomunicações AT&T era a dona do canal, engravatados da alta cúpula perguntaram se Game of Thrones não poderia ser gravada na vertical para que a imagem se adequasse aos aparelhos celulares… Os executivos também jogaram no ar a ideia de produzir miniepisódios de GoT.
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