VISÃO HUMANITÁRIA

Guerra Israel-Hamas: como atriz usa Bridgerton para ajudar palestinos

Nicola Coughlan levanta essa bandeira mesmo correndo risco de se queimar em Hollywood
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Nicola Coughlan na 3ª temporada de Bridgerton
Nicola Coughlan na 3ª temporada de Bridgerton

Protagonista da terceira temporada de Bridgerton, cuja primeira parte estreia na Netflix no próximo dia 16, a atriz irlandesa Nicola Coughlan usa o status de ser estrela de uma das maiores séries do principal streaming do mercado para ajudar a população palestina, habitante da Faixa de Gaza, pega no meio do fogo cruzado entre a nação de Israel e o Hamas, grupo palestino militante, político e armado.

Desde o início do conflito, em 7 de outubro do ano passado, a intérprete da fofoqueira Lady Whistledown tem sido uma das vozes do mundo do entretenimento que mais se posiciona sobre a guerra. Ela procura chamar a atenção para a crise humanitária na região. E não são apenas posts online com frases enfáticas ou fotos chamativas. São publicações que visam angariar fundos para suprir necessidades mínimas dos palestinos afetados pela guerra.

A postura de Nicola acerca desse assunto é tão forte que ela chegou a ouvir que não iria mais ser escalada para atuar em produções hollywoodianas: “Já me disseram: ‘Você não vai conseguir trabalho’, ‘Você não vai fazer mais isso’”, falou a atriz, em entrevista para a revista Teen Vogue. “A minha posição é de não querer que nenhuma pessoa inocente sofra. Por isso, não me preocupo com as reações das pessoas.”

Ela encoraja fãs de Bridgerton para organizar fundos de arrecadação voltados para ajudar palestinos vítimas da guerra Israel-Hamas. Nas redes sociais existem diversas contas que unem sua personagem e a série da Netflix em prol dos palestinos. No offline, a atriz também faz reuniões para incentivar esse tipo de doação. É a plataforma de destaque, com mais de 3 milhões de seguidores no Instagram, usada para o bem.

“Acho que isso é importante para mim porque, em primeiro lugar, sou uma pessoa muito privilegiada”, disse. “Tenho muita sorte de ter chegado a este ponto na minha carreira e, ressalto, sou uma mulher branca privilegiada. Então, pelo fato de poder fazer o trabalho que amo, viajar pelo mundo e conhecer pessoas incríveis, sinto uma responsabilidade moral de retribuir.”

Ela continuou: “Mesmo antes de aparecer na televisão, eu me envolvia em diversas causas: fiz campanha de porta em porta pela igualdade no casamento, na Irlanda; estive em marchas pelo direito ao aborto… Sempre me preocupei com a justiça social.”

“Para mim, o que está em jogo é o apoio a pessoas inocentes; o que parece até óbvio. Acho que é preciso olhar para as situações e pensar: estamos apoiando pessoas inocentes, independentemente de sua origem? É isso o que me motiva.”

Nicola bate em duas teclas constantemente, pede a liberação segura de reféns da guerra e um cessar-fogo imediato. Ela faz alertas apontando que o bombardeio na região tem levado crianças e bebês a morte, por não terem comida nem água. “Ações urgentes são necessárias agora para evitar a fome em massa”, escreveu em um post no Instagram. “Devemos nos unir, por causa da nossa humanidade partilhada, para acabar com esse sofrimento”.

“Acredito que, e digo isto da maneira mais gentil possível, minha opinião sobre as situações não importa. Mas como tenho uma plataforma e algumas milhões de pessoas nela, se eu conseguir arrecadar um pouco de dinheiro, isso não é uma coisa incrível de se fazer? E se você pode amplificar as vozes de qualquer pessoa no mundo que esteja passando por situações difíceis, eu só penso: por que você não faria isso?”

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