
Chegou ao fim, no domingo (24), a série O Instituto, suspense baseado em livro de Stephen King; a produção do MGM+ recebeu selo de aprovação do autor considerado o rei do terror. Revelando segredos e respondendo questões, o desfecho da primeira leva amarrou bem a trama até então e preparou o terreno para a confirmada 2ª temporada.
Essencialmente, a série segue os passos de Luke Ellis (Joe Freeman), garoto superdotado que é sequestrado e acorda no Instituto, uma organização misteriosa onde crianças e adolescentes com habilidades especiais passam por testes sombrios.
Uma das principais revelações do final da primeira temporada é que existem outros Institutos espalhados pelo mundo e que Luke, com ajuda de amigos, consegue se conectar com as crianças e adolescentes que estão nesses lugares como experimentos científicos.
Esse pode ser um ponto de partida para a segunda temporada. É importante ressaltar que existem pontos narrativos do livro homônimo de King que podem muito bem ser explorados na nova leva de episódios.
Final explicado de O Instituto
A adaptação televisiva chegou ao fim de forma intensa, equilibrando emoção, suspense e mistério. O desfecho trouxe uma sensação de conclusão para a trajetória de Luke, que fez de tudo para salvar as crianças e adolescentes do cativeiro sinistro, mas só livrou Nick (Fionn Laird), Kalisha (Simone Miller) e George (Arlen So).
O garoto Avery (Viggo Hanvelt), fundamental nesse resgate, acabou se sacrificando em prol de um plano maior. Ao menos é essa a visão mais seca do que aconteceu. Isso porque resta a dúvida se o menino realmente morreu, já que o desfecho não é exibido de maneira definitiva. Sempre que uma série não mostra um personagem mortinho-da-silva, de forma clara, ele pode reaparecer sob qualquer justificativa.
Abriu-se espaço para novos embates contra a conspiração que se revela cada vez mais ampla. A série optou por não não mergulhar tão fundo no debate filosófico sobre os métodos cruéis do Instituto como uma tentativa de “salvar a humanidade” de futuros desastres. Em vez disso, o roteiro priorizou a ação e deixou para a próxima temporada a reflexão sobre as consequências de manipular o presente em nome de um suposto bem maior.
Outra figura central da série, a Sra. Sigsby (Mary-Louise Parker) saiu de cena carregando provas dos experimentos cruéis realizados no Instituto. Sua trajetória permanece ambígua: embora tenha acreditado estar cumprindo uma missão em prol da humanidade, sinais de arrependimento sugerem que ela pode se tornar peça-chave na luta contra a rede que controla as demais instalações ao redor do mundo, no melhor estilo fogo amigo.
A presença do enigmático Homem ao Telefone reforçou a dimensão global da trama. Frio e calculista, ele demonstrou pouca preocupação com a queda de uma única unidade, já que existem outras espalhadas por aí. Ele se mantém como uma ameaça ainda maior para Luke e sua turma. •

João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br