
A série Contagem Regressiva encerrou a primeira temporada com o 13º episódio, lançado pelo Prime Video nesta quarta-feira (3). O drama de ação investigativa, que apresentou uma estrutura fora do padrão, terminou a atual leva com tudo em aberto, indicando uma provável segunda temporada (encomenda ainda não confirmada pelo streaming da Amazon).
Em entrevista ao site TV Insider, o criador e showrunner da série, Derek Haas, revelou que tem um plano completo e complexo para executar na sequência. Ele sabe, por exemplo, o que virá logo após a exata última cena da primeira leva.
[Atenção: spoilers a seguir]
Contagem Regressiva abordou dois grandes casos nessa temporada. Depois de impedir um ataque terrorista de grande proporção em Los Angeles, a força-tarefa comandada pelo agente especial Nathan Blythe (Eric Dane) assumiu a missão de resolver um caso tão impactante quanto: o presidente dos Estados Unidos e o governador da Califórnia estão na mira de um terrorista em potencial.
A equipe da força-tarefa, sem saber a identidade do criminoso, o batizou de Todd (Grant Harvey). O episódio final mostra Todd trancado em um depósito, preparando uma substância suspeita, que parece ser explosiva.
O clima tenso se multiplica à medida que cada movimento da equipe de Blythe é monitorado, e pequenas pistas vão revelando conexões inesperadas.
Entre reuniões de investigação e análises de vídeos, os personagens principais também enfrentam dilemas pessoais:
- A veterana do DEA Amber Oliveras (Jessica Camacho) reflete sobre sua vida e seu relacionamento morno com o médico Julio Belchrsin (Eddie Aguirre);
- A agente do FBI Evan Shepherd (Violett Beane) lida com as atitudes preocupantes de sua irmã Molly (Michelle DeShon) que a levam ao hospital;
- E o detetive Mark Meachum (Jensen Ackles) fica balançado entre revelar de vez o que sente por Oliveras, romanticamente falando.
No desenrolar da operação à procura de Todd, Meachum e Oliveras seguem pistas intercalando conversas sobre sentimentos e dever profissional, demonstrando a complexa química entre os parceiros de trabalho.
Ao mesmo tempo, Todd se desloca com sua carga suspeita, infiltrando-se em áreas restritas e demonstrando que seu alcance vai muito além de um simples terrorista amador.
O final não poupa o público de surpresas: enquanto o time da força-tarefa acredita estar mais próximo de capturá-lo, Todd manipula os eventos para desviar suspeitas, inclusive usando um ex-colega como bode expiatório.
A angústia atinge o ápice nos momentos derradeiros, quando Oliveras é sequestrada por Todd assim que sai de casa rumo ao trabalho, e Shepherd recebe a notícia de que Molly entrou em coma após uma overdose.
E mais: é revelado que Todd continua atuando como agente do FBI, manipulando a investigação de dentro.
A conclusão do capítulo final mostra Todd levando Oliveras para o meio do mato, deixando a detetive à mercê da mira de sua arma, consolidando um gancho daqueles que promete abalar a trama na próxima temporada.
Ao TV Insider, Derek Haas falou sobre a intenção de Todd nesse encontro crítico com Oliveras: “Ele vai atirar nela. Esse é o plano. Porém, vamos ter que esperar para ver o que vai acontecer, de fato”. •

João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br