
A série Gen V cumpre o papel protocolar de um spin-off: apresentar novas histórias sem perder o laço com a série-mãe. A segunda temporada começou totalmente conectada com a quarta leva de The Boys, e o último episódio, programado para ser lançado pelo Prime Video na quarta-feira (22), prepara o terreno para a conclusão do drama matriz.
Showrunner de Gen V, Michele Fazekas falou sobre essa ligação entre as atrações ao conversar com o site Variety. Ela deixou claro que uma das missões da trama é servir de gancho ao que será retratado na quinta e derradeira temporada de The Boys.
“A nossa tarefa [com o final da segunda temporada] é lançar a ponte para The Boys”, disse a roteirista e produtora, ressaltando que isso “não significa que não possa haver mais Gen V”, referindo-se a uma possível terceira temporada sobre os supers universitários.
Na reta final da atual leva de episódios, Gen V desenrolou uma sequência de revelações impactantes, mudando o rumo do universo de The Boys.
Descobriu-se que Thomas Godolkin (Ethan Slater), fundador da universidade God U é, na verdade, o misterioso idoso queimado que vinha sendo mantido (e torturado) em uma câmara hiperbárica pelo reitor Cipher (Hamish Linklater), que por sua vez é uma persona criada por Godolkin para colocar em prática os seus planos, entre eles manipular Marie (Jaz Sinclair) com o propósito de ressuscitá-lo.
No caso, o corpo do reitor pertence a uma pessoa normal chamada Doug, que foi o hospedeiro do verdadeiro Cipher. O humano teve a mente possuída por Godolkin.
Gen V também destrinchou que foi Godolkin quem concebeu o enigmático Projeto Odessa, experimento que tinha como objetivo criar uma nova geração de supers.
Entre os participantes, apenas dois sobreviveram: Marie e Capitão Pátria (Antony Starr), respectivamente os personagens principais de Gen V e The Boys.
Já Zoe (Olivia Morandin), filha da falecida Victoria Neuman, morta nos eventos da quarta temporada de The Boys, encontra-se agora sob a guarda de seu avô adotivo, Stan Edgar (Giancarlo Esposito), figura de peso dentro do mundo da Vought.
E o verdadeiro plano de Cipher/Godolkin veio à tona, o de exterminar 75% dos estudantes de God U e, em seguida, aplicar o mesmo método à comunidade de supers ao redor do planeta. Assim que ressurgiu, Godolkin fez a lição de casa e matou o primeiro super inútil que viu ao andar pelo campus.
A justificativa é que somente supers com poderes verdadeiramente fortes e importantes devem sobreviver. Alguém que tem a capacidade de transformar os pés em mãos, caso do universitário que ele matou, deve ser eliminado, assim como todos os outros com poderes desse naipe. •

João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br