Após cinco anos de produção, custo de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão) e gerar uma baita dor de cabeça, a série Citadel estreia, nesta sexta-feira (28), no Prime Video. Segundo programa mais caro da história dos dez anos do streaming da Amazon, atrás apenas da nababesca Os Anéis de Poder, o drama de espionagem chega sob grande pressão para colher algo de produtivo depois de acumular controvérsias.
Acionistas e cúpula executiva do Prime Video estão cercando o time criativo da plataforma. A cobrança é para que seja entregue uma atração que, de fato, tenha alcance global, gerando engajamento em todos os cantos do planeta, algo que a Netflix consegue frequentemente. O Prime Video tem séries premiadas, inteligentes e algumas com certa popularidade. Mas nenhuma ainda arrasou o quarteirão.
Jennifer Salke, chefe do Amazon Studios, joga boa parte de suas fichas nos irmãos Joe e Anthony Russo, famosos por filmes da Marvel. Foi oferecido a eles o conceito de uma franquia de séries com várias versões internacionais, uma narrativa sobre espionagem gerando spin-offs em outros países. Assim nasceu Citadel.
Nesta sexta-feira, a estreia é da versão matriz, protagonizada por Richard Madden e Priyanka Chopra Jonas. Estão em produção dois filhotes: um ambientado na Índia e outro na Itália.
A Citadel mãe foi projetada com um orçamento modesto. No meio do caminho, a conta ultrapassou a marca dos US$ 160 milhões. Porém, ajustes feitos de última hora elevaram ainda mais o custo final, que fechou na casa dos US$ 300 milhões. Isso só pela primeira temporada (a segunda leva está confirmada).
O custo de fazer Citadel
O aumento no valor de Citadel se deu por causa de diferenças criativas, gerando um rompimento de ideias. Os irmãos Russo foram escalados para serem os produtores executivos principais. O roteiro ficou nas mãos de Josh Appelbaum (filme Missão Impossível – Protocolo Fantasma).
De cara, a Amazon teve algumas ressalvas com as primeiras imagens de Citadel, conflito que precisou ser resolvido com os irmãos Russo. Isso levou a um racha entre eles e o time de roteiristas, praticamente dando espaço para a criação de duas séries em uma, devido às visões diferentes do projeto.
No final das contas, os executivos do Prime Video precisaram escolher um lado e apostaram nos irmãos Russo. Assim, Applebaum deixou a série. Não houve nem proposta para se chegar a um acordo entre os dois lados da celeuma, nada de encontrar um meio termo.
Acontece que com a saída de Applebaum, outras pessoas também pularam do barco, como Brian Kirk (Game of Thrones), que tinha dirigido cinco episódios da primeira temporada, e mais alguns produtores.
Outro fator problemático, além das diferenças de como contar a história, foi a complexidade das gravações, realizadas em três lugares diferentes simultaneamente. Soma-se a isso o fato de Citadel ter sido reescrita, agora sob a batuta de David Weil (Hunters), e regravada.
No plano original, Citadel teria uma temporada com oito episódios. Depois de toda essa celeuma, cortes aqui e ali, a leva chega com seis episódios, tendo por volta de 40 minutos de cena cada.
Agora, cabe aos assinantes julgar se tamanho investimento e empenho valeram a pena.
Citadel estreia com episódio duplo. Depois, toda sexta-feira, um novo capítulo fica disponível no Prime Video. A leva inicial termina em 26 de maio. Clique aqui e conheça a trama da série.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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