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Saiba como foram gravadas as corridas de Fórmula 1 na série Senna

Produção usou tecnologia de games e 22 réplicas de carros
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Imagem de uma corrida na série Senna
Imagem de uma corrida na série Senna

Seja pelo aspecto técnico ou por causa da pura emoção, as corridas reproduzidas na minissérie Senna, que estreia na próxima sexta-feira (29), na Netflix, prometem chamar a atenção por serem um capítulo à parte. Do barulho dos motores às pistas, a equipe de produção foi extremamente cuidadosa para entregar um realismo mágico e dramático. Tudo para transportar o telespectador ao passado, retratando as mais diversas corridas que o piloto brasileiro disputou na Fórmula 1.

Um esforço digno de nota foi o investimento na construção dos carros. A Netflix bancou a fabricação de 22 réplicas dos possantes de Senna e dos adversários. Carros reais completos, de fato, com tudo o que têm direito. Fora isso, a equipe de produção teve a liberdade de trocar a carroceria ou o chassi quando necessário, como se fosse um brinquedo de encaixar peças.

Nesse ponto, um trabalho especial foi aplicado na captação de som, para o público ouvir o barulho dos motores dos carros das décadas de 1980 e 1990, sinfonia bem diferente do que se tem na Fórmula 1 atual. “Foram colocadas lapelas no cockpit, perto do motor… O processo foi bastante complexo”, disse Gabriel Queiroz, supervisor de pós-produção, em entrevista à própria Netflix.

Ele complementou: “Para quem conhece os carros, os sons, acho que vai ter uma grata surpresa de ver que a gente realmente teve esse cuidado de fazer a coisa bem fiel ao que era na época.”

 

Bastidores da McLaren de 1990 na minissérie Senna
Bastidores da McLaren de 1990 na minissérie Senna

Sobre as corridas, duas etapas fizeram parte do processo de gravação, conforme informações da Netflix. A primeira se deu na pista, com pilotos de verdade guiando os carros reais curva após curva. Já a segunda aconteceu em estúdio, para registrar coisas como trocas de marcha, pisadas nos freios, o volante girando de lá para cá…

No estúdio, a Netflix fez uso do programa Unreal, presente na produção de games, principalmente os esportivos. Essa tecnologia projetou animações digitais em 3D das pistas em um telão gigantesco de LED ao redor de uma plataforma na qual se posicionavam réplicas dos carros, simulando movimentos de corrida. Criou-se assim uma caixa imersiva.

Nessas imagens, foram usados registros históricos dos circuitos, reprodução digital que durou três meses para ficar pronta. São 50 corridas diferentes retratadas ao longo dos episódios. 

Considerando tudo isso, nada faria sentido sem a história em si da minissérie. Encaixar todas as cenas gravadas no fio condutor narrativo provou-se ser bastante complexo, como atestou Vicente Amorim, showrunner de Senna: “Foi o maior desafio. Você está no carro, você está na pista… e ter controle dramático sobre a situação.”

O preço disso tudo? Senna é a série mais cara já produzida pela Netflix Brasil; custou 250 milhões de reais.

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