Pela primeira vez, o prestigiado Festival Internacional de Cinema de Berlim premiou uma série. Na 73ª edição, realizada na semana passada, o drama italiano e britânico The Good Mothers, da Disney, conquistou o Berlinale Series Award, celebrando o conceito artístico e a qualidade da produção, baseada em história real, sobre mulheres atuantes dentro da máfia italiana.
A Disney vai espalhar The Good Mothers em todo o mundo a partir de 5 de abril. Em cada localidade vai variar em qual plataforma estará disponível, se no Disney+ ou Star+ (caso do Brasil, provavelmente).
The Good Mothers narra fatos reais extraídos do premiado livro homônimo de Alex Perry. Lançada neste ano no Brasil, a obra ganhou o título de Mães da Máfia: a história real das mulheres que enfrentaram a máfia italiana mais poderosa do mundo, publicação da editora Melhoramentos.
No centro da trama estão três mulheres corajosas, inseridas no seio da máfia ‘Ndrangheta, situada na região da Calábria; a ponta da “bota” no mapa da Itália, ao sul. Em troca de favores oferecidos por autoridades governamentais, elas aceitam ajudar uma poderosa promotora a destruir os chefões do crime organizado italiano.
A produtora Wildside, do grupo Fremantle, é quem trouxe The Good Mothers à vida. É a mesma produtora de séries como The New Pope, My Brilliant Friend (Amiga Genial) e We Are Who We Are, todas da HBO. A atriz Gaia Girace, a Lila de My Brilliant Friend, está no elenco.
O livro Mães da Máfia apresenta como o poder da máfia da Calábria repousa sobre um código machista de violência e silêncio (a omertà) e perdura por causa dos laços familiares. A lealdade é absoluta. O derramamento de sangue, reverenciado. Você é preso, morre ou mata sua própria mãe antes de trair a Família.
Os homens governam e as mulheres são vistas como moedas de troca para construir e manter alianças. Tratadas como meros objetos, elas são rotineiramente espancadas, ameaçadas e mortas em uma misoginia sem fim.
Depois que Lea Garofalo, mulher de um dos chefes da organização, foi assassinada por se tornar testemunha do Estado, a promotora Alessandra Cerreti considerou uma possibilidade tentadora: e se o sexismo da ‘Ndrangheta fosse a sua maior falha? Ela se juntou a outras duas mulheres e as convenceu a testemunhar em troca de um novo futuro.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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