OPINIÃO

Comoção mundial pela morte de Matthew Perry prova a grandiosidade de Friends

Entenda o impacto dessa perda, como se fosse a de um amigo próximo
DIVULGAÇÃO/NBC
Matthew Perry em cena de Friends
Matthew Perry em cena de Friends

A morte de Matthew Perry (1969-2023) completou uma semana. Foram sete dias de intensa comoção não apenas em Hollywood, mas em todo o mundo. O impacto que a tragédia envolvendo o ator de 54 anos gerou no planeta prova a grandiosidade de Friends, sitcom dos anos 1990 que ainda cativa e está presente no dia a dia de muitas pessoas. Queiram os detratores ou não, Friends é a maior série de comédia da história.

Tenho costume de fazer a seguinte classificação: Friends é a maior comédia de todos tempos, Seinfeld é a melhor. Uma coisa não rebaixa a outra, são apenas constatações sobre a importância, qualidade e alcance de cada uma delas. Poucas séries, aliás, são tão populares nos quatros cantos da Terra, seja qual for o idioma, quanto Friends.

Um exemplo disso se deu no especial que reuniu o elenco, em 2021, da HBO Max. Durante o programa, foi aberto um espaço para fãs de vários países falarem sobre a identificação que tem com a série. Percebeu-se como ela teve a capacidade de, simultaneamente, tocar os corações de pessoas tão distintas, não importando idade nem condição social. Além de servir como auxílio em aulas de inglês.

O luto pela perda de Matthew Perry uniu pessoas do mundo inteiro em uma corrente de dor e lamentação por causa da morte tão repentina. Por outro lado, essa conexão também serviu para celebrar o trabalho dele na pele do sarcástico Chandler Bing, que com suas presepadas afastou a tristeza de muita gente, marcando assim a vida dos fãs da sitcom.

É bastante raro ver um choque desse, envolvendo a morte de ator hollywoodiano, resultar em um luto mundial, totalmente espontâneo. Tentando explicar o motivo disso, teve quem disse que o adeus de Matthew Perry foi como perder um amigo próximo. É mais ou menos isso.

Ele, na pele de Chandler Bing, acompanhou a vida de muitos telespectadores ao longo das dez temporadas de Friends, tanto de quem assistiu à série durante sua exibição original, de 1994 a 2004, quanto depois. Fora as incontáveis reprises sempre à disposição na TV e a oportunidade de rever tudo no streaming (HBO Max) ou nos boxes de DVDs.

Warren Littlefield, executivo da rede NBC que encomendou Friends, fez um comentário preciso sobre a sitcom: “Várias gerações descobriram o programa [depois dele ter ido ao ar] e afirmam que é da era deles, indício de que Friends resiste ao teste do tempo de uma maneira única. Não há muitos programas de TV que conseguem fazer isso.”

Robert Greenblatt, executivo da Warner durante o lançamento da HBO Max, responsável por armar a reunião de Friends há dois anos, falou: “É, de fato, um dos maiores programas de TV já feitos em termos de popularidade, não apenas aqui [nos EUA], mas em qualquer outro lugar.”

Ele resumiu bem o que significa a morte de Matthew Perry e a força de Friends:

“Você sente que aqueles personagens são seus amigos, bem ali na sua sala. É isso o que a TV faz, ela está perto de você e você sente que conhece essas pessoas. É muito poderoso quando isso acontece. E quando um deles parte, é uma perda cultural.”


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