MATTEL CONTRA MGA

Barbie vs. Bratz: vem aí série sobre lado sombrio da guerra das bonecas

Produção em desenvolvimento é baseada em livro que expôs bastidores do conflito
REPRODUÇÃO
Guerra das bonecas Barbie e Bratz deve virá série
Guerra das bonecas Barbie e Bratz deve virá série

O estúdio CBS, do grupo Paramount Global, adquiriu os direitos de livro que expõe a guerra jurídica entre as empresas donas das bonecas Barbie e Bratz. De acordo com o site Deadline, a compra foi para adaptar a obra em série. Lançado em 2017, o livro (inédito no Brasil) tem o título: You Don’t Own Me: How Mattel V. MGA Entertainment Exposed Barbie’s Dark Side (Você Não É Minha Dona: Como Mattel vs. MGA Expôs o Lado Sombrio da Barbie, em tradução direta).

A publicação tem a autoria de Orly Lobel, professora de direito da Universidade de San Diego (EUA) e, em linhas gerais, segue as trajetórias de Ruth Handler (criadora da Barbie) e Carter Bryant (criador da Bratz).

Com elementos dignos de série dramática (corporativa e jurídica), o conflito Barbie vs. Bratz rendeu muitos entreveros durantes anos, a partir de meados dos anos 2000, contando aí as várias batalhas nos tribunais. A fonte da contenda foi o período no qual Carter Bryant começou a projetar o que se tornaria a linha de bonecas Bratz (que vale cerca de dois bilhões de dólares).

Ele montou esse projeto durante um período entre trabalhos na Mattel (lá, desenhava roupas para a Barbie). Bryant vendeu seu conceito da Bratz para a empresa rival MGA enquanto estava trabalhando para a Mattel. Daí vem o enrosco, pois a Mattel buscou provar, na Justiça, que a criação foi feita enquanto ele era funcionário ativo da companhia, com vínculos de exclusividade criativa. 

O que estava em jogo durante os inúmeros processos? Qual empresa era dona da Bratz.

Orly Lobel mostra como a audaciosa MGA encarou a gigante Mattel. Além disso, tem os bastidores da transformação de uma ideia em um produto, assim como explora as duas versões diferentes de feminilidade, representada pela tradicional Barbie americana e sua rival desafiadora e antiestablishment, a única boneca capaz de ameaçar sua hegemonia.

Fora a questão das empresas inserirem cláusulas nos contratos trabalhistas se colocando como donas de qualquer criação que seu funcionário realizar enquanto estiver vinculado como empregado. O livro aprofunda os detalhes por trás da criação de algo e disseca os pormenores da propriedade intelectual.


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