O comediante americano Paul Reubens morreu, aos 70 anos, no último domingo (30). A página oficial do ator e roteirista, no Instagram, confirmou o óbito. A postagem cita que ele travava batalha contra um câncer, fato mantido em sigilo. Muito conhecido nos Estados Unidos pelo personagem infantil Pee-Wee Herman, Reubens atuou em inúmeras séries, de Gotham a Lista Negra, chegando a ser indicado ao Emmy.
Junto com a postagem na rede social foi destacada uma declaração póstuma do ator: “Por favor, aceitem minhas desculpas por não falar em público sobre o que enfrentei nos últimos seis anos. Eu sempre senti uma quantidade enorme de amor e respeito vinda dos meus fãs, amigos e apoiadores. Eu os amei muito e me diverti muito fazendo arte para vocês.”
Natural do Estado de Nova York, Paul Reubens começou a carreira no mundo artístico em 1978, mesmo ano no qual criou o personagem Pee-Wee Herman, apresentado em rede nacional americana em um dos programas infantis mais lembrados da TV.
No mundo das séries, como ator, ele teve passagens na função de convidado especial em atrações tipo Ally McBeal, 30 Rock e Everybody Loves Raymond.
Seu papel de maior destaque foi na sitcom Murphy Brown (1988-1998; 2018), interpretando Andrew J. Lansing III, um dos vários secretários da jornalista Murphy Brown (Candice Bergen). Por esse personagem, ele concorreu ao Emmy de melhor ator convidado em série de comédia, no ano de 1995; perdeu para Carl Reiner (Mad About You).
Na última década, ele passou por Gotham, durante três episódios, vivendo Elijah Van Dahl, o ricaço pai biológico de Oswald Cobblepot (Robin Lord Taylor), o Pinguim.
E fez cinco episódios de Lista Negra, integrante do elenco de apoio. Seu papel foi de Vargas, aliado de Red (James Spader).
Na vida pessoal, Paul Reubens teve a mancha de se envolver em um caso de pedofília. O comediante chegou a ser preso pela polícia de Los Angeles, em 2002, resultado de uma força-tarefa no combate a pornografia infantil. Ele foi fichado por possuir imagens com crianças menores de 18 anos envolvidas em atos sexuais.
Dois anos depois, as acusações de pornografia infantil foram derrubadas em troca da admissão de culpa dele por obscenidade e má conduta, cuja punição foi mais branda.
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
