CONCLUSÃO

Após muita porradaria, Flash encerra Arrowverse com mensagem ‘paz e amor’

Último episódio da série símbolo da DC vai ao ar nesta quinta (8), na Warner
DIVULGAÇÃO/THE CW
Pôster da nona e última temporada de Flash
Pôster da nona e última temporada de Flash

A série Flash chegou ao fim com uma dupla missão intrincada. Além de concluir a própria trama, teve de encerrar o Arrowverse, universo de atrações televisivas baseadas em heróis da DC. O desfecho acabou sendo correto, com muita porradaria e uma mensagem positiva na linha “paz e amor”. O último episódio de Flash estreia na Warner Channel nesta quinta-feira (8), às 22h30.

Vale inserir nesse bolo a complexidade de colocar o ponto final em uma das tramas de heróis mais difíceis de entender. Tem velocista tipo Flash que viaja no tempo, aquele que trafega entre várias dimensões, os que são de outras Terras… Ao menos a despedida da série foi simples no sentido de deixar claro quem eram os vilões e os mocinhos. Uma briga típica da HQ se deu para acertar as contas e determinar vencedores e derrotados, simples assim.

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[Atenção: spoilers a seguir]
Praticamente todo tipo de velocista que deu às caras nas nove temporadas de Flash bateram cartão no final da série: Deus da Velocidade, Zoom, Flash Reverso, Savitar… E o novo Azul-Cobalto, este interpretado por Rick Cosnett, que também foi o ex-detetive Eddie, visto nas primeiras temporadas.

Todos eles uniram forças com o objetivo de matar Flash (Grant Gustin) de uma vez por todas. Do lado do Velocista Escarlate estavam vários heróis de seu time. O embate então se deu, com vitórias e derrotas para ambos os lados.

O duelo decisivo foi mesmo entre Flash e Azul-Cobalto, depois de o vilão absorver todas as energias dos outros velocistas do mal. A briga entre os dois, contudo, não seria apenas para decidir quem seria o vencedor. As consequências resultariam em mortes e mudanças diretas na linha do tempo da história da humanidade.

Barry Allen, o Flash, levou uma surra do vilão, como esperado. Então, o herói tentou abordar a questão pelo ponto de vista racional, convencendo Eddie que os dois poderiam ser aliados ao invés de inimigos, dando o bom exemplo como avatares das duas forças de velocidade; Azul-Cobalto reina na força negativa. 

Como se estivessem em um comercial de margarina, encenando um acordo ideal entre pessoas com visões tão distintas, Flash e Azul-Cobalto apertaram as mãos em gesto de “paz e amor”, se comprometendo a pôr um fim no ciclo de matança e destruição, criando assim um mundo melhor. 

A moral explícita foi do tipo que se espera acontecer quando forças antagônicas se encontram no mundo real: mesmo que ambas as partes envolvidas não concordem em tudo, vale achar um jeito de ao menos conviverem sem atrito bélico.

A série Flash optou por esse desfecho positivo, dando um recado crucial. O que mais se tem hoje na sociedade são posições polarizantes sobre todas as coisas, das sérias às absolutamente bobas. É possível chegar a um denominador comum, embora seja necessário reconhecer que é mais fácil falar do que fazer.

Independentemente de qualquer avaliação, Flash se firmou com uma das melhores atrações de heróis de todos os tempos, isso não deve ser esquecido. Dentro do Arrowverse, não teve o peso narrativo politizado de Supergirl e nem a densidade de Arrow, mas apresentou um conjunto excelente, sendo uma série de herói tradicional, do começo ao fim.


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