SÁTIRA

A divertida série sueca sobre história real de bebedeira e (quase) conflito nuclear

Guerra Fria é o pano de fundo de Whiskey on the Rocks, disponível no Disney+
DIVULGAÇÃO/SVT1
Pôster de Whiskey on the Rocks, série do Disney+
Pôster de Whiskey on the Rocks, série do Disney+

Escondida no Disney+ está uma divertida série sueca sobre um incidente ocorrido durante a Guerra Fria (1947-1991) que quase resultou em um conflito nuclear de proporção mundial. Intitulada de Whiskey on the Rocks, a comédia satiriza esse acontecimento cuja origem é tão inacreditável que nem parece história real.

No auge da Guerra Fria, em outubro de 1981, as tensões políticas estavam nas alturas e a ameaça de uma guerra nuclear não parecia nada distante. Era apenas outra noite fria no submarino soviético U-137, mas a tripulação se manteve aquecida com uma festa animada para celebrar o “nascimento” de um novo pai entre os tripulantes.

Uma bebida levou a outra, e o submarino, que estava indo em direção ao território soviético, acabou encalhando na neutra Suécia, no arquipélago de Karlskrona, a um pulo da base naval ultrassecreta do país escandinavo. 

Essa trapalhada culminou em tensão que movimentou o mundo inteiro, principalmente trazendo ao palco os líderes da União Soviética e dos Estados Unidos, opostos na Guerra Fria. E tudo por causa das consequências catastróficas de uma bebedeira… 

Nunca antes o mundo esteve tão perto de um conflito nuclear, e toda a responsabilidade recaiu sobre os ombros de um homem, o primeiro-ministro da Suécia na época, Thorbjörn Fälldin (Rolf Lassgård), para acalmar as ambições de vários fomentadores de guerra.

A história real da série Whiskey on the Rocks

Quando o submarino encalhou nas águas do arquipélago de Karlskrona, a primeira reação foi de que os soviéticos estavam no meio de uma missão de espionagem.

Inicialmente, a União Soviética alegou que o submarino havia se desviado acidentalmente do curso devido a problemas de navegação, possivelmente causados por falhas nos equipamentos do navio ou erro humano. 

No entanto, as autoridades suecas estavam céticas, pois a localização do encalhe sugeria que a embarcação havia se infiltrado deliberadamente em águas nacionais, perto de uma importante base naval do país escandinavo.

O governo da Suécia reagiu com firmeza. As forças navais da nação cercaram o submarino e impediram qualquer tentativa de fuga. Uma investigação foi conduzida e constatou-se que o submarino possuía armamento nuclear a bordo, aumentando a tensão.

A União Soviética exigiu a devolução imediata do submarino, enquanto a Suécia pedia explicações detalhadas sobre a violação de seu território. 

Durante os dias seguintes, houve intensas negociações entre ambas as partes. Em 6 de novembro de 1981, após onda de pressões diplomáticas, a Suécia permitiu que o submarino fosse rebocado de volta ao mar aberto, mas sem admitir publicamente a versão soviética de um simples erro de navegação.

O nome da série, Whiskey on the Rocks, é como esse caso ficou conhecido no meio diplomático.

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