Com o objetivo de mostrar o máximo de veracidade possível em Recruta, nova série da Netflix, o criador Alexi Hawley contratou um ex-advogado da CIA (a agência de inteligência americana) para ser o consultor da trama, desvendando mitos e revelando verdades. Atualmente dono de uma carreira premiada como jornalista, Adam Ciralsky destrinchou para o site Tudum o que é real na trama, cujo protagonista Noah Centineo interpreta um advogado novato na CIA.
Uma primeira pergunta, a mais básica de todas, é a possibilidade de um jovem de 24 anos, caso de Owen Hendricks, personagem de Noah Centineo, trabalhar na CIA como advogado. Ciralsky não apenas confirmou que sim, como ele mesmo recebeu a oferta de trabalho no órgão quando tinha 24 anos, ainda no terceiro ano da faculdade de direito; ele entrou na CIA com 25 anos.
Alexi Hawley falou que a CIA age como qualquer outro escritório de advocacia. “Eles escolhem jovens advogados de todos os lugares”, disse o showrunner. Outro detalhe é que a agência recruta pessoas de várias idades para trabalhar no departamento jurídico.
“Daí, você tem pessoas com 24, 30, 40, 50 anos trabalhando como novatos. Estão todos ali no primeiro ano no emprego, mesmo tendo experiência na advocacia fora da CIA. Isso eu achei fascinante, essa mistura de personagens”, comentou Hawley.
Um jovem de 24 anos, apesar da pouca experiência, é escalado sim para missões longe do escritório. “Os advogados da CIA, de fato, viajam para o exterior pelas mais diversas razões”, revelou Adam Ciralsky. “Em muitos casos, esse tipo de tarefa serve para que os recrutas aprendam na prática alguns fundamentos do cargo, ter ciência do terreno em que estão pisando e saber onde estão as linhas que não podem cruzar.”
Em certo momento de Recruta, Owen se vê em uma enrascada por causa de um passaporte. Ao fazer uma viagem ao Iêmen, ele usa um de cor azul, quando o certo seria preto. Há diferença entre os dois, explica Ciralsky: “O preto é um passaporte diplomático emitido para funcionários de serviços estrangeiros ou outro tipo de pessoal do governo americano com status diplomático.”
A missão de um advogado da CIA, segundo Ciralsky, é assegurar que os espiões “façam os respectivos trabalhos conforme as leis americanas”, mesmo que estejam quebrando leis em outros países, por causa da espionagem.
Recruta mostra que a cidade de Viena, na Áustria, é a capital da espionagem. Isso é verdade? Ciralsky afirmou que sim e detalhou o porquê: “Todo país tem ao menos um representante lá justamente por causa das muitas organizações internacionais que agem ali”.
O lugar serve como posto de comunicação entre a Europa Ocidental e o Leste Europeu. “É para lá que as agências de todos os países enviam seus agentes de inteligência mais experientes e competentes”, contou o ex-advogado.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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