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Mr. Mercedes é boa? Netflix resgata série esquecida de Stephen King

Suspense policial de 2017 ganha o palco que merece na gigante do streaming
DIVULGAÇÃO/AUDIENCE
Brendan Gleeson em Mr. Mercedes
Brendan Gleeson em Mr. Mercedes

O suspense policial Mr. Mercedes, baseado no livro homônimo de Stephen King, ganha o palco que merece. A série de 2017 entra na Netflix na quinta-feira (13) e assim poderá ser acompanhada por muito mais pessoas do que na época em que esteve ativa.

A atração passou toda sua jornada de três temporadas fora do radar, durante a overdose de lançamentos da década passada, fazendo parte de um streaming que não existe mais no Brasil (Starzplay) e sendo produção original de um canal americano que foi descontinuado (Audience).

Essa trajetória de Mr. Mercedes foi tão obscura que a série terminou, em 2019, sem um anúncio oficial de cancelamento ou de que, de fato, havia chegado ao ponto-final. A produção simplesmente parou, sem um adeus formal.

Em síntese, a série policial, desenvolvida pelo renomado showrunner David E. Kelley, é boa e vale a pena ser assistida. A qualidade da narrativa a tornou digna de ser uma das melhores séries de 2017, mas não figurou nas principais listas da mídia especializada justamente pelo fato de ter sido exibida escondida; “ninguém” sabia de sua existência.

A trama de Mr. Mercedes
Algumas das histórias mais marcantes de Stephen King não dependem de fantasmas ou criaturas sobrenaturais para provocar medo. Em Mr. Mercedes, o terror nasce de algo bem mais próximo: a escuridão humana, a obsessão e a culpa.

Na adaptação televisiva, Brendan Gleeson interpreta Bill Hodges, um detetive aposentado atormentado por um caso mal resolvido. Ele se vê consumido pela caçada ao assassino Brady Hartsfield (Harry Treadaway), um jovem manipulador e obcecado por tecnologia.

A narrativa acompanha três momentos distintos da vida de Hodges, revelando sua transformação de um homem amargurado e solitário para alguém que reencontra propósito. É uma jornada intensa, sustentada pela atuação poderosa de Gleeson e pelo roteiro afiado.

Mais realista do que a maioria das obras de King, Mr. Mercedes evita o sobrenatural nas primeiras temporadas e aposta em um suspense psicológico de ritmo controlado. Quando o elemento paranormal finalmente surge, ele parece natural, fruto de um desenvolvimento cuidadoso e não de um artifício gratuito.

Mr. Mercedes combina drama de personagens e tensão constante. Ao contrário de outros suspenses, aqui não se trata de descobrir quem cometeu o crime, mas de entender o porquê; e o que vem depois.

Brady não é um assassino em série calculista e Hodges está longe de ser o herói infalível. Ambos erram, vacilam, se contradizem. Essa imperfeição dá força ao enredo e torna o duelo entre eles imprevisível e humano.

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